por Estadão Conteúdo | Fernando Nakagawa-Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O dólar fechou o último pregão do ano em alta, numa sessão marcada pelo volume reduzido e pela briga na formação da Ptax, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para uma série de contratos cambiais. O dólar avançou 1,95% ontem, a R$ 3,9601. No mês, a moeda norte-americana subiu 2,14% e no ano, 48,93%. Grandes bancos internacionais apostam que o nível de R$ 4 para o dólar veio para ficar. Casas como o Morgan Stanley, HSBC, Barclays e Lloyds Bank dizem que qualquer alívio sobre a taxa de câmbio no Brasil será momentâneo e, assim, o dólar deve passar o novo ano na casa dos R$ 4. Entre os demais emergentes, há elevada expectativa de que o yuan chinês sofra nova desvalorização ao longo dos próximos 12 meses. Em meio às incertezas políticas e econômicas e com a firme aposta de que a recessão continuará em 2016, grandes bancos globais não veem espaço para a recuperação da moeda brasileira. "Esperamos que o real continue com desempenho pior que outras divisas emergentes em 2016. A correção já ocorrida foi grande, mas o crescimento continua fraco com apenas um pequeno sinal de ajuste estrutural", dizem os analistas de câmbio do Morgan Stanley. Para a casa, o dólar fechará o primeiro trimestre em R$ 4,20, atingirá a máxima de R$ 4,50 no terceiro trimestre e terminará o ano em R$ 4,45.
Nenhum comentário:
Postar um comentário