Por 59 votos a 13, o Senado decidiu manter a prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do Governo. Pela primeira vez, na história do Brasil, um senador é preso no exercício de seu mandato. Delcídio foi preso na manhã desta quarta-feira (25), pela Polícia Federal. O parlamentar foi flagrado na tentativa de destruir provas contra ele e prejudicar as investigações. Também foram detidas outras três pessoas: o chefe do gabinete, Diogo Ferreira; o advogado do senador, Edson Ribeiro; e o banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual, também envolvidos nas irregularidades. No fim da manhã, a 2º Turma do Supremo Tribunal Federal referendou por unanimidade as prisões do parlamentar e do banqueiro. Nesta tarde, os autos das detenções foram avaliados em plenário no Senado. Segundo a Constituição Federal, a prisão de senador ou deputado deve ser decidida pela maioria dos votos da casa legislativa correspondente ao investigado, como aconteceu. O voto foi aberto. Segundo a Procuradoria-Geral da República, Delcídio ofereceu R$ 50 mil mensais a Cerveró para que o ex-diretor não citasse o parlamentar em depoimento de delação premiada. Delcídio também havia sugerido uma rota de fuga para Cerveró até a Espanha, pelo Paraguai.
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