Gustavo Maia*Do UOL, em Baixo Guandu (ES)
Na rota da lama, Baixo Guandu é exceção. Primeiro município do Espírito Santo a ser atingido pela onda de rejeitos da mineradora Samarco, que invadiu e praticamente inutilizou o rio Doce, a cidade de pouco mais de 30 mil habitantes conseguiu evitar o desabastecimento de água após a realização de uma obra emergencial em apenas quatro dias.
A intervenção teve a participação de dezenas de moradores voluntários, que trabalharam quase ininterruptamente entre os dias 11 e 15 para construir um sistema provisório de captação no rio Guandu, finalizado e testado no último domingo (16), um dia antes da chegada da lama ao município. Afluente do Doce, o manancial também passa pela cidade, mas não era utilizado para fins de abastecimento.
O cenário de relativa tranquilidade percebido no município, apesar de as águas do rio Doce continuarem barrentas e mau cheirosas, contrasta com o de outras cidades cortadas pelo manancial. Na vizinha Colatina (ES), por exemplo, o fornecimento foi interrompido e a distribuição de água mineral para a população está sendo marcada por longas filas e tumultos.
"Para a gente aqui de Baixo Guandu está tudo normal, porque a gente não está tendo problema com água. Estamos até fornecendo água para Colatina", comenta a recepcionista Eliene Barbosa, 47. O repasse de 100 mil litros diários de água tratada pelo Saae (Serviço Autônomo de Água Esgoto) para a cidade vizinha foi anunciada pela prefeitura guanduense na última sexta-feira (20), mas ainda não começou. Leia mais em: http://zip.net/bwsp5n
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