Por Gerson Camarotti - Preocupados com os desdobramentos políticos depois da série de manobras desta quinta-feira, aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, avaliam que a situação ficou mais delicada.
A contabilidade no Conselho de Ética já aponta um placar apertado. E mesmo que Cunha consiga escapar com votos no Conselho, os aliados já trabalham com um recurso em plenário. Nesse caso, Cunha não teria votos suficientes para barrar o processo por quebra de decoro.
Para um recurso, é preciso pelo menos 51 assinaturas de deputados. Mas a votação desse recurso em plenário é aberta, o que deve pressionar para uma decisão desfavorável ao presidente da Câmara. Mais do que isso: uma decisão referendando o processo pelo plenário fragilizaria ainda mais Cunha.
De forma reservada, os aliados já pensaram várias saídas para Cunha, como a solução Renan Calheiros, que renunciou o cargo de presidente do Senado para manter o mandato. Outra solução seria tentar no Conselho de Ética uma pena intermediária, como a suspenção do mandato.
Mas o presidente da Câmara tem recusado todas as soluções sugeridas. “Para tirar Cunha tem que cassar um mandato”, reconheceu um aliado do peemedebista.
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