Um agricultor de 52 anos morreu, na madrugada desta terça-feira (17), depois de ser vítima de um ataque de pelo menos 200 abelhas africanizadas em São José da Bela Vista (417 km deSão Paulo). As picadas dos insetos provocaram um choque anafilático (reação alérgica exacerbada afetando diversos sistemas do organismo, geralmente causando queda drástica da pressão arterial e insuficiência respiratória) na vítima, que foi socorrida e levada até um hospital em Franca, mas não resistiu.
Ézio Carlos Guilherme dirigia um trator e fazia o roçado em um sítio da família no início da tarde de segunda-feira (16) quando foi atacado pelas abelhas. Segundo o filho dele, Leandro Guilherme, os insetos tinham feito uma colmeia em uma casa que fica nas proximidades do local e teriam ficado incomodados com o barulho.
"Foi uma fatalidade, elas se irritaram com o barulho das máquinas e partiram para cima do meu pai. Elas picaram principalmente o rosto dele. Eu mesmo levei meu pai para o posto de saúde, mas ele não resistiu", disse.
Ézio chegou ao posto de saúde já desacordado e foi transferido imediatamente para a Santa Casa de Franca. Ele foi internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e morreu por volta de 1h30 desta terça-feira. "Ele deu entrada já entubado e sob choque anafilático", declarou o hospital, em nota.
A abelha africanizada é o resultado do cruzamento de dois gêneros de abelha: a europeia e a africana. São consideradas melhores produtoras de mel e própolis, mas mais agressivas. Segundo o técnico em apicultura João Farias Grande, embora as principais ocorrências envolvendo abelhas ocorram por contato físico, fatores como barulho e calor excessivo estimulam os insetos e podem ser a causa de ataques. "Elas ficam mais excitadas, então deve se ter cuidado adicional. Além disso, as abelhas africanizadas são naturalmente mais agressivas que as europeias ou as nativas." Foto: Samuel Cintra. Fonte: Eduardo Schiavoni/UOL
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