A partir de 2009, como defesa da recessão daquele ano, de – 0,2%, a equipe econômica dinamizou uma série de programas, baseados na expansão principalmente do consumo. Houve de quase tudo, desde crédito subsidiado, isenções de impostos, proteção contra concorrência de importados e empréstimos do Tesouro Nacional aos bancos públicos, como BNDES e a Caixa Econômica Federal, que cresceram de R$14 bilhões em 2007, para R$511 bilhões até 2014. Outros programas sociais, como o Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e o Minha Casa Melhor, impulsionaram a construção civil e o varejo. Em 2010, o País cresceu 7,6%. De 2011 a 2014, o crescimento mingou e País ingressou em estagnação. Nesse primeiro mandato da presidente Dilma, a expansão baseada principalmente no consumo e no crédito demonstraram sinais de esgotamento. Mesmo assim, as reformas estruturais não foram feitas e a carga tributária bateu 36% do PIB. Os capitalistas recuaram em seus investimentos. A arrecadação, em consequência, não acompanhou o desvario dos gastos públicos que subiu a cada ano muito mais do que o PIB. O governo de 2011 a 2013 realizou a contabilidade criativa, mediante pedaladas fiscais, escondendo buracos das finanças públicas. Em 2014, não teve jeito, apresentou déficit primário nas contas, o que não ocorria há 18 anos. Em 2015, começou o ajuste fiscal, colocando o País em recessão e sem obter êxito no citado ajuste, haja vista que, se reconhecer na contabilidade nacional as pedaladas identificadas pelo TCU, mais as frustrações de receitas, devido à violência recessiva, provavelmente haverá déficit primário de elevado valor. O próprio governo admite ser acima de R$50 bilhões o rombo deste ano.
O embrulho em que se vê envolvido este segundo mandato, exigiu do governo uma resposta de reforma administrativa. O objetivo era de cortar gastos de funcionamento da máquina pública e atender à base aliada, principalmente segmentos do PMDB em rebeldia. Anunciou no início do mês o corte de 8 ministérios (agora são 31) e a troca do comando em 14 pastas. Não conseguiu nada até agora, nem redução do rombo, nem resolução de problemas de governabilidade. As projeções de analistas econômicos e do FMI creem em recessão em 2015 e em 2016. De – 3% e de – 1,2%, respectivamente. Alcançados superávits primários até 2016, o crescimento retornaria em 1,5% em 2017 e de 2,4% em 2018, sendo razoável de se supor. Em suma, um segundo mandato projetado muito pior do que o primeiro. Naquele a taxa de crescimento médio anual foi de 2%. Neste, aproximando-se de zero. Esperança mesmo para crescer acima de 3% somente em 2018. por Paulo Brito
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