É terça-feira, 14 de julho, e policiais da 3ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) realizam incursão em uma localidade de Cajazeiras. Um homem, morador do bairro vizinho de Águas Claras, é abordado pelos policiais.
Leandro Santos Moreira leva consigo munições, mas o que chama a atenção é um documento de quatro folhas com 11 tópicos e um pequeno texto de introdução, de três parágrafos, dobrado em um dos bolsos da bermuda. O título, Estatuto da Katiara, é o mesmo que aparece em algumas imagens que circulam através do aplicativo WhatsApp e que já chegaram às mãos de PMs e delegados. “Comparei o documento que via circulando nas redes sociais com o que estava em poder de Leandro e é o mesmo”, contou o tenente Josuel Lopes, comandante interino da 3ª CIPM (Cajazeiras). O estatuto estabelece diversas diretrizes que devem ser seguidas pelos membros da facção - desde critérios para novos membros até regras para empréstimos, luto, caixinha mensal e até ajuda às famílias (ver quadro no rodapé). São as determinações que regem o tráfico de drogas em vários municípios do Recôncavo e que vêm ganhando espaço em Salvador. A Katiara é liderada por Adílson Souza Lima, o Roceirinho, que está preso desde 2012, mas, segundo a polícia, controlava, de dentro do presídio de Serrinha, no Centro-Norte do estado, o tráfico em Maragojipe, Salinas da Margarida, Itaparica, Nazaré das Farinhas, Vera Cruz, Santo Antônio de Jesus e Santo Amaro, no Recôncavo. Desde maio, o traficante se encontra no presídio federal de Campo Grande (MS).
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