Por Luciana Antonello Xavier | Estadão Conteúdo
A maior aversão do investidor com o agravamento da crise política diante do isolamento da presidente Dilma Rousseff fez o dólar disparar para R$ 3,53 logo após a abertura. As tensões políticas ganharam novos contornos após o plenário da Câmara ter aprovado na madrugada desta quinta-feira, 6, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reajusta salários de várias carreiras e custará R$ 2,45 bilhões por ano apenas para a União. Apenas 16 parlamentares seguiram a orientação do governo de votar "não" e outros 445 votos foram pelo "sim".
O dólar à vista não esboçou reação à divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, mas a moeda renovou máximas ante o iene e euro após o dado. Os pedidos subiram para 270 mil na semana passada, perto da expectativa de alta para 271 mil solicitações.
Às 9h40, o dólar à vista no balcão subia 0,83%, a R$ 3,5180, após bater a máxima de R$ 3,53 (+1,18%), enquanto o dólar para setembro tinha alta de 0,97%, a R$ 3,5490.
Também no radar hoje está a possibilidade de votação das contas públicas de 1992, 2002, 2006 e 2008 no Plenário da Câmara, deixando o caminho ficará aberto para a votação das contas de Dilma. Segundo o site da Câmara, os deputados discutiram a possibilidade de que a votação das contas ser "parte de uma estratégia para levar ao impeachment" da presidente com a rejeição das suas contas de 2014.
Também é desfavorável a notícia de que a presidente atingiu uma reprovação de 71%, segundo o Datafolha, o nível é mais alto que o atingido por Fernando Collor (1990-92) no cargo às vésperas de sofrer um processo de impeachment.
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