REDAÇÃO ÉPOCA
Albert Woodfox passou 43 anos da solitária (Foto: Reprodução)
O americano Albert Woodfox, de 68 anos, está há 43 anos na solitária, desde que foi confinado sob a acusação de matar um guarda a facadas durante uma rebelião no presídio onde cumpria pena. Nesta semana, depois de quatro décadas, viu-se diante da chance de recobrar a liberdade. O juiz Albert Woodfox, do Estado americano da Lousianna, determinou a soltura de Woodfox. Estabeleceu ainda que um terceiro julgamento – ele já passou por dois, que resultaram em sua condenação – não seria justo. As informações são da BBC
Woodfox sempre se disse inocente dos crimes de que lhe acusavam. Ele foi preso no início dos anos 1970, sob a acusação de assalto a mão armada. Em 1972, durante uma rebelião no presídio, o guarda Brent Miller foi esfaqueado e morreu. De acordo com a Anistia Internacional, nenhuma evidência material ligava Woodfox ao crime. Ainda assim, ele foi considerado culpado. Após 43 anos na solitária, tornou-se o preso americano que passou mais tempo nessas condições. Nesse tipo de encarceramento, além de ficar apartado do convívio com outras pessoas, ele sofre com uma série de restrições às leituras que pode fazer e ao tempo de exercício semanal. Passa 23h por dia confinado a uma cela pequena – quatro passos de comprimento, três passos de largura.
Ele é um dos três prisioneiros que, mandados para a solitária da Penitenciária Estadual da Lousianna, ficaram conhecidos como “Os três de Angola”. Receberam esse nome porque a penitenciária é vizinha de uma antiga plantação escravista chamada Angola. Os outros dois são Robert King e Herman Wallace, liberados em 2001 e 2013, respectivamente. Wallace morreu pouco depois de ser solto.
Woodfox e Wallace fizeram parte dos Panteras Negras,o grupo revolucionário que, durante a década de 1960 nos EUA, lutou pelos direitos civis dos negros, contra o preconceito e a violência policial.
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