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sexta-feira, 26 de junho de 2015

Hospital impede mãe de acompanhar tratamento de filha de 2 anos

Do UOL, em Porto Alegre/Reprodução/Facebook
Uma mãe está impedida de visitar a filha, um bebê de pouco mais de dois anos, na UTI de um hospital particular, em Porto Alegre

Uma mãe está impedida de visitar a filha, um bebê de pouco mais de dois anos, na UTI de um hospital particular, em Porto Alegre, há cerca de um mês. Conforme o Hospital Moinhos de Vento, a restrição "objetiva a segurança de todos os pacientes da UTI pediátrica". A advogada da mãe da menina entrou com um recurso para reverter a situação, mas o pedido ainda tramita na Justiça, que deu razão à decisão do hospital.

Neusa Padilha, 38, e o marido, Edson Morretti, são de Santa Catarina. Desde o ano passado, moram na região metropolitana de Porto Alegre para acompanhar o tratamento da filha, Valentina Morretti, que sofre de pneumopatia fibrosante crônica, uma doença pulmonar, e precisa de um transplante.

A menina foi transferida para a capital gaúcha em dezembro, por determinação judicial, já que a cidade em que estavam, Itajaí (SC), não possuía hospital capacitado para atendê-la.

Atualmente seu quadro é estável, mas ela ainda é muito nova para enfrentar a cirurgia.

Conforme o hospital, Neusa tem um comportamento que pode colocar em risco os pacientes, o que embasa o pedido da instituição ao juiz. "Eles alegam que ela quebrou o ar-condicionado. Mas ela diz que apenas o limpou, porque a higienização não atendeu ao seu pedido de limpeza do aparelho, que, segundo ela, estava sujo."

Através de sua assessoria de imprensa, o Hospital Moinhos de Vento informou apenas que a restrição "tem embasamento legal" e que o pai de Valentina permanece liberado para visitar e estar com a paciente.

Segundo a advogada da família, o imbróglio teve inicio quando os pais se negaram a transferir a menina para São Paulo. "O problema começou quando ela não aceitou a transferência para a USP. Eles teriam que arcar com transporte, mas não têm dinheiro."

A família já deve cerca de R$ 400 mil para o Moinhos de Vento, já que, no momento da internação de Valentina, vigorava o prazo de carência do seu plano de saúde. "Ela deu entrada no hospital como paciente particular. Isso gerou uma dívida milionária, que agora o hospital está cobrando."

A mãe respondeu: "O hospital fica pressionando para eu pedir a transferência, mas ela está bem adaptada. É um hospital de referência e o convênio cobre. Fiquei com acesso restrito por dois meses. Estava com minha filha no colo e vinha um segurança me expulsar". "Como continuei firme e não a transferi, a instituição me proibiu de ficar com ela. Eu nunca discuti com ninguém para o hospital tomar uma atitude dessas." 

O processo tramita em segredo de Justiça na Vara da Infância e Juventude. A família tenta arrecadar dinheiro com uma campanha pela internet para a instalação de um home care. Enquanto isso, é através de fotos feitas pelo marido que Neusa vê o desenvolvimento da filha.

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