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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Por falta de gasolina em viatura, corpo é enterrado sem o exame cadavérico

PB - Uma pessoa vítima de morte violenta foi sepultada sem que fosse realizado o exame cadavérico porque a viatura do Instituto de Medicina Legal (IML) de Parnaíba estava sem combustível para ir pegar o corpo e levar para a realização do exame. O fato só reforça a denúncia de uma crise que se instalou na Segurança Pública do Estado onde até mesmo a população está fazendo "vaquinhas" para pagar o combustível das viaturas para que a PM possa fazer as diligências.
Por volta das 19h de sábado(20), na localidade Pedra Branca, zona rural de Joaquim Pires, um jovem de 18 anos, identificado pelo nome de Fabrício da Silva, morreu vítima de disparo de arma de fogo. Há a suspeita de que o jovem tirou a própria vida com tiro de uma espingarda bate-bucha, porém, o corpo da vítima ficou em sua residência aguardando a remoção que seria feita pelo IML de Parnaíba, o que não aconteceu pelo fato da viatura do IML não ter combustível o suficiente para viajar no resgate de corpos na região. O corpo foi sepultado sem a perícia da instituição de medicina legal do governo.
QUEBRADA
Essa não é a primeira denúncia de falta de estrutura. Em setembro deste ano, o Instituto Médico Legal de Parnaíba estava com suas duas geladeiras quebradas e um corpo que estava há sete meses, além de dezenas de amostras de órgãos e tecidos se estragaram.
O corpo, que seria doado para a pesquisa, acabou tendo de ser enterrado como indigente. Entre as mostras armazenadas estavam o útero da presidiária Isabel Batista da Silva, que morreu em consequência de queimaduras que atingiram 82% do seu corpo, em julho deste ano. O órgão seria periciado para verificar se a vítima estava realmente grávida. Também havia várias mostras de vítimas fatais de acidentes de trânsito.

Todo o material que iria subsidiar os inquéritos foram perdidos e consequentemente as peças que seriam encaminhados à justiça como provas dos delitos praticados, ficaram prejudicados, fato que poderia facilitar a absolvição de acusados de praticar delitos.
VAQUINHA
Outra prova da crise financeira na Segurança Pública do Piauí aconteceu em José de Freitas onde as viaturas da PM e Civil estavam paradas. Preocupados, moradores do município a 48 km de Teresina, resolveram se unir e fazer uma 'vaquinha' para comprar gasolina.
O delegado do 17º Distrito Policial, Luciano Alcântara, conta que em uma semana foram arrecadados R$ 300 em dinheiro, doações de pessoas comuns, assustadas com a onda de criminalidade.
"Fui a uma rádio na cidade e propus a bancar do próprio bolso gasolina para abastecer a viatura. Imediatamente, os moradores se manifestaram e tiveram essa atitude e há uma semana estamos fazendo também um trabalho ostensivo, o que coibiu a ação dos criminosos", disse o delegado em declarações ao cidadeverde.
Na zona Sul de Teresina um homem foi assassinado pelo ladrão de sua moto. Parentes denunciaram que após o roubo a vítima procurou o batalhão da área dizendo que sabia quem havia roubado a sua moto e aonde o veículo estava, mas teria sido informado que faltava combustíveis nas viaturas para fazer as diligencias. Sem outra opção, a vítima e o pai foram tentar pegar a moto por contra própria quando o ladrão atirou e o matou. Fonte: Com informações do Diário do Povo

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