Depois de um ano amargo para a construção civil, no qual o setor registrou seu pior resultado em 14 anos, a expectativa é de que 2015 apresente uma leve melhora. Segundo cálculos da consultoria GO Associados compilados no boletim da Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop), o Produto Interno Bruto do setor vai crescer 1% no próximo ano. Em 2014, o índice – que considera, entre vários outros itens, investimentos, inflação e os custos com material de construção e mão de obra – deve terminar em queda de 5%. Na avaliação da Apeop, os recentes escândalos de corrupção da Petrobrás, que envolvem grandes empreiteiras, não devem prejudicar o setor. Enquanto o mercado vê como incerto o futuro das companhias ligadas ao esquema (um cartel que combinava contratos superfaturados com a estatal), a associação garante que há um grande conjunto de empresas capacitadas no Brasil para tocar as obras de infraestrutura do País. “Em tecnologia e engenharia, nós não ficamos devendo nada a ninguém no mundo”, diz Luciano Amadio Filho, presidente da Apeop. Para ele, as empresas podem se juntar eventualmente em consórcios para enfrentar qualquer tipo de obra. “Por isso, somos contra o argumento que defende a entrada de estrangeiras no País. Já não há obras suficientes para as empresas que temos”, afirma. A melhora no setor da construção prevista para 2015 é esperada sobretudo para o segundo semestre do ano, de acordo com a associação. As expectativas se baseiam, principalmente, em dois fatores.
Nayara Fraga, Agência Estado
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