O primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, suspendeu nesta quarta-feira uma moratória sobre a pena de morte, um dia depois do ataque do Talibã a uma escola, que matou 132 alunos e 9 professores, disse um porta-voz do governo. O país começou nesta quarta os três dias de luto pela morte das 141 pessoas no ataque à escola na cidade de Peshawar, ao noroeste. Os sete terroristas que participaram do ataque também morreram, mas suas mortes não foram computadas no número oficial divulgado pelas autoridades. O atentado também deixou mais de 120 pessoas feridas, muitas com gravidade. O ataque à escola administrada por militares, onde estudavam mais de 1.100 alunos, muitos deles filhos de membros do Exército, atingiu o coração da sociedade militar do Paquistão. A tragédia deixou o país em choque e aumentou a pressão sobre o governo para que se mobilize contra a insurgência do Talibã no Paquistão. "Foi decidido que a moratória sobre a pena de morte deve ser suspensa. O primeiro-ministro aprovou", disse o porta-voz do governo Mohiuddin Wan, referindo-se à aprovação dada por Sharif, à decisão do comitê ministerial. A moratória foi imposta em 2008 e somente uma pessoa foi executada desde então. Com a suspensão, a pena de morte volta a fazer parte do rol de condenações do sistema judiciário paquistanês. (Reuters)
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