Para alguns, que estão com dificuldades para obter empréstimos, esse é o momento mais delicado da história. Para outros, a diversificação de negócios garante menor preocupação. Conforme o Valor apurou, a Engevix estuda vender ativos, como a concessão de aeroportos. O grupo está hoje no controle dos terminais de Brasília e de São Gonçalo do Amarante (RN). Essa é apenas uma das possibilidades estudadas pela companhia no momento. De imediato, há outras ações. A empresa não deve entrar nos próximos anos em contratos que exijam forte uso de capital - como rodovias ou aeroportos. Em outras palavras, adicionar novos investimentos à carteira está descartado. Outro grupo citado com dificuldades nos bastidores é a OAS. O grupo tem uma estrutura de capital considerada agressiva: a alavancagem líquida está em 9,3 vezes. A agência de classificação de risco Fitch afirma em relatório recente que a venda de algum ativo da OAS Investimentos daria fôlego aos números. O mercado vê com especial interesse a participação de aproximadamente 25% na Invepar - companhia de concessões de infraestrutura controladora do aeroporto de Guarulhos e de outros ativos. A OAS tem 75% do faturamento oriundo de engenharia e construção. Como a empreiteira (investigada) do grupo é responsável por garantir 70% da dívida corporativa consolidada, há no mercado preocupação sobre concessão de crédito ao grupo e a rolagem do débito é um desafio. A UTC, que tem 72% de sua receita proveniente da engenharia industrial, também é vista por especialistas ouvidos pelo Valor como empresa que pode enfrentar dificuldades. Ao fim de 2013, pouco mais de 60% do saldo de contas a receber era decorrente de contratos com Petrobras. (BN)
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