Estamos chegando ao fim de 2014 estupefatos com alguns acontecimentos que presenciamos ao longo do ano, difíceis de imaginar quando ele se iniciou.
Assim, o inesquecível 7x1 contra a Alemanha, eliminando o Brasil de forma acachapante, em que pese a arrogância e auto-suficiência da chamada comissão técnica da CBF;
a campanha eleitoral mais acidentada e de baixo nível de todos os tempos, com direito até a acidente aéreo alijador de candidato;
as manobras do governo para, em conluio com o Parlamento, vendido por emendas, mudar lei que sabia ser-lhe condenatória face aos gastos astronômicos de campanha -"o diabo"- convenientemente disfarçados durante a disputa pelos votos, são alguns exemplos.
Tudo isso, com pano de fundo composto por um nível de corrupção que desafia qualquer dimensionamento, tais os valores envolvidos, uma economia paralisada que impõe um índice de crescimento medíocre ao país, um número de homicídios que só é menor que o de alguns países africanos e latino americanos, como Venezuela e Honduras, uma saúde pública agonizante e uma educação mal classificada em padrões internacionais, clamando por socorro em extensas regiões.
Esperemos que 2015 faça ressurgir a esperança e termine bem melhor do que está a iniciar-se.
* Texto por Paulo Roberto Gotaç, Capitão de Mar e Guerra, reformado.
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