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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Aluno da periferia é aprovado em Stanford


Foto: Victor Moriyama/G1
Um estudante da periferia de São Paulo passou em uma das universidades mais renomadas do mundo.
Gustavo Torres da Silva, de 17 anos, foi aceito na Universidade Stanford, nos Estados Unidos.
Ele vai cursar engenharia física. 

A resposta positiva da universidade foi a consagração de uma vida dedicada aos estudos do jovem morador no Capão Redondo, bairro da Zona Sul de São Paulo, conhecido pelos altos índices de criminalidade e falta de oportunidades.

Mas não foi a única: Gustavo ainda espera as respostas dos pedidos para estudar em Harvard, MIT, Universidade da Pensilvânia, Duke e outras cinco instituições de ensino superior norte-americanas. 

As respostas destes pedidos devem vir em março. Só então Gustavo vai definir seu destino.

"Sei que a minha conquista vai gerar um impacto. Conheço gente de lá com muito potencial. Os jovens podem sonhar mais alto também", disse Gustavo ao G1.

Futuro
Ele quer aplicar o conhecimento do ensino superior para projetos que alcancem benefícios sociais. 
"O sonho que tenho desde pequeno é criar empresa de tecnologia que possa gerar benefício social, fazer a diferença e poder mudar o mundo."

Gustavo sempre acreditou que a educação é o melhor caminho para se ir cada vez mais longe. 
Filho único de uma cuidadora de idosos e de um técnico em elétrica, Gustavo sempre gostou muito de estudar e de entender o funcionamento dos aparelhos eletrônicos que o pai trazia para casa. 

Bolsa de estudos
O menino era aluno da Escola Estadual Miguel Munhoz Filho. 
Depois de um bom desempenho dele em uma olimpíada de matemática, Gustavo ganhou a indicação da professora para disputar uma bolsa do Ismart, instituto que apoia estudantes talentosos de baixa renda, e oferece bolsas de estudo em colégios particulares de excelência de São Paulo e do Rio de Janeiro. 

A partir do ensino médio, tornou-se aluno bolsista do Santo Américo. Ganhou também bolsa para estudar inglês, tudo pago pelo Ismart. Mas não esqueceu do Capão Redondo. 

"Fui dar aulas na minha antiga escola aos sábados para alunos que também queriam ganhar esta bolsa de estudos." Ele diz que se inspirou na história de outro jovem aluno de escola pública, Marco Antônio Pedroso, que foi aceito para estudar no Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) e criou um projeto para ajudar alunos carentes de Santa Isabel (SP) a obterem bom desempenho em olimpíadas de conhecimento.

No ano passado, ele foi fazer um intercâmbio na universidade Yale, nos Estados Unidos. "Foi ali que comecei a acreditar mesmo no meu potencial de conseguir ser aceito para estudar fora." 

Na volta ao Brasil, aumentou a carga de estudos para intensificar o inglês e se preparar para as avaliações das instituições dos Estados Unidos. Estudou também para o Enem e para os vestibulares da Fuvest e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Com informações do G1

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