Os jornalistas Paulo Moreira Leite e Janaína César, da revista Istoé, conseguiram entrevistar Andrea Haas, esposa de Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil. Na entrevista, Andrea defendeu a fuga, como última saída que restava ao casal. Leia a entrevista:
ISTOÉ – Vocês imaginavam que essa prisão pudesse ocorrer agora?
Andrea Haas – Não. Não estávamos esperando por isso.
ISTOÉ – Por que vocês decidiram fugir do Brasil?
Andrea – Isso aconteceu quando ficou claro que não havia mais saída jurídica para nós. É claro que, se fosse possível escolher, não queríamos sair do Brasil. Ninguém queria deixar o País. Mas era preciso achar uma saída. Temos um monte de sobrinhos e queríamos ver o crescimento de todos eles. Também gostamos de morar no Brasil, de encontrar os amigos. Nossa vida está lá. Mas eu aprendi com meu pai que não podemos nos submeter. Nós não podemos nos submeter aos erros da justiça brasileira. Podemos até morrer, mas não podemos deixar de procurar uma saída, porque sempre existe uma saída na vida. Por isso decidimos sair do Brasil. Querem roubar nossa dignidade. Queremos uma saída. Queremos sobreviver. Temos esse direito.
(...)
ISTOÉ – Como a senhora avalia o comportamento do PT em relação ao Henrique Pizzolato durante julgamento do mensalão?
Andrea – Eu acho que ao longo do julgamento muitas pessoas fingiam não ver o que estava acontecendo. Elas achavam que não seriam atingidas e não queiram se envolver. Eu também ajudei a formar esse partido. Mas eu acho que o PT nunca soube enfrentar esse processo de frente. Deixou-se carimbar.
(..)
ISTOÉ – O que mais incomodou no julgamento?
Andrea – O Henrique sempre foi um C. D. F. Sempre fez tudo direitinho e certinho. É um sujeito organizado. Você pode ver a história dele. De repente ele está preso, acusado de ter desviado R$ 73 milhões do Banco do Brasil. CLIQUE AQUI para ler tudo.
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