Policiais militares da 3ª Companhia do 1ª Batalhão da Polícia Militar (BPM) realizaram uma operação na noite da última terça-feira, 4, que resultou na prisão de dez pessoas envolvidas em uma rede de exploração sexual infantil, em Jaguaribe, distante 291,1 km de Fortaleza. Duas adolescentes de 14 anos foram exploradas pelo grupo.
Após denúncias de populares, a Polícia Militar (PM), em parceria com o Conselho Tutelar de Jaguaribe, começou a investigar a rede de exploração sexual infantil. Segundo o major Geovane Sobreira, da 3ª Cia. do 1º BPM, comandante da operação, os relatos das duas adolescentes impressionaram os policiais. "Tivemos uma reunião com elas (adolescentes), na qual explicaram como se dava o trabalho sexual e relataram que faziam programas por R$ 5, R$ 10, R$ 15 e R$ 50", contou o major.
Os programas sexuais variavam entre oral, vaginal e anal, de acordo com a Polícia. O perfil dos clientes variava de jovens até senhores de 82 anos, sendo a maioria homens mais velhos. As adolescentes eram exploradas na própria na casa do cliente ou em matagais. Além disso, as jovens eram obrigadas a assistir filmes pornográficos e fazer sexo em grupo. De acordo com o major, exames constataram que uma das adolescentes estaria com Aids.
As crianças estão sob os cuidados da Justiça e serão submetidas a uma série de exames, como corpo de delito e psicológicos. Segundo Geovane, os pais das crianças foram chamados para depor e informaram que não sabiam que as filhas eram exploradas sexualmente.
O caso foi encaminhado a Delegacia Regional de Jaguaribe. As dez pessoas presas foram liberadas, pois não foi realizado o flagrante. O grupo responderá em liberdade pelo crime de estupro de vulnerável. De acordo com o major, mais pessoas podem ser presas durante as investigações.
Casos recentes de abuso sexual infantil
No último domingo, 2, uma adolescente de apenas 14 anos foi roubada e estuprada na avenida Bezerra de Menezes. Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS),a jovem foi roubada e violentada por um assaltante que já possuía passagens pela Polícia, sendo reconhecido e autuado em flagrante.
No dia 29 de janeiro, um abulante foi preso por abuso sexual de uma criança de apenas quatro anos, na Praia do Futuro. Após a prisão, ele foi acusado de outro abuso. A vítima teria sido uma menina de seis anos, filha de uma prima do ambulante.
No dia 23 janeiro, um empresário carioca de 40 anos foi preso acusado de abusar sexualmente de seis crianças, dentre elas, a filha adotiva. De acordo com a delegada Ivana Timbó, titular da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa), todas as crianças envolvidas no caso foram ouvidas. Além disso, a Polícia acredita que o empresário usava a própria filha para se aproximar das vítimas.
Prevenção
O POVO Online conversou com a delegada sobre o que fazer para evitar esse tipo de crime "Os pais devem ficar atentos aos filhos e saber os ambientes que estão frequentando. Muitos desses crimes acontecem com pessoas do convívio, próximas à família", alerta a delegada.
A titular da Dececa também fez um alerta aos pais sobre a internet. "A internet facilita. É um meio de comunicação usado tanto para o bem, quanto para o mal. Os pais devem ter muita atenção com o uso da internet pelos filhos e fazer uma moderação", pontua.
Sinais
As crianças vítimas de abuso sexual podem dar alguns sinais do que estão sofrendo, segundo a delegada Ivana Timbó. “As crianças abusadas passam a ter um comportamento diferente, têm baixo rendimento escolar e ficam deprimidas. Elas se afastam e se isolam muito", explica.
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