O levantamento, divulgado ontem, foi realizado pelo instituto de pesquisas Bendixen&Armandi a pedido do portal de notícias hispano-americano Univisión. Seis em cada dez católicos do mundo vivem em um dos países onde foram feitas as entrevistas. Ao todo, a Igreja conta hoje com 1,2 bilhão de fiéis.
As nações de posicionamento mais liberal são EUA e as europeias (Espanha, França, Itália e Polônia), seguidas pelas latino-americanas (Brasil, Argentina, Colômbia e México). As mais conservadoras são Filipinas, a representante asiática no levantamento, e as africanas (Congo e Uganda).
No Brasil, a oposição ao discurso de Francisco é refletida em quase todos os pontos abordados. O celibato sacerdotal, por exemplo, é condenado por 60% dos entrevistados (somente 37% são a favor). A comunhão de divorciados tem a adesão de 71%. O aborto é admitido — em todos ou alguns casos — por 81%. E 94% apoiam o uso de anticoncepcionais.
Alguns temas, porém, provocam uma acirrada divisão entre os brasileiros. Dentre os entrevistados, 48% concordam com o Vaticano na rejeição ao casamento gay, enquanto 45% são a favor. Mas a Santa Sé perde por pouco na defesa de outro de seus tabus. O sacerdócio feminino é apoiado por 54% dos entrevistados, e 45% são contra.
Ainda assim, a defesa destas doutrinas não abala a popularidade de Francisco. Seu trabalho à frente da Igreja é avaliado como bom ou excelente por 91% dos brasileiros, enquanto 6% o consideram ruim ou péssimo. O argentino José Mario Bergoglio tem aprovação ainda maior entre seus compatriotas — 97% elogiam seu trabalho, e apenas 2% calculam que ele não é um bom líder da Igreja.
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