O governador Jaques Wagner oficializou nesta terça-feira (11) ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, após tratar da questão com a presidente Dilma Rousseff, um pedido para aplicação do instrumento Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nas regiões do sul da Bahia em que ocorrem conflitos de terra, notadamente nos municípios de Buerarema e Una. Previsto na Constituição Federal, o GLO é utilizado quando situações que fogem do controle colocam em risco a segurança da população. Durante sua vigência, tropas das Forças Armadas assumem a segurança local e passam a ter poder de polícia. “Repudio qualquer tentativa das partes de fazer justiça com as próprias mãos. O Brasil é uma democracia consolidada. As soluções surgirão via Judiciário e após muita negociação”, disse o governador, em nota enviada à imprensa. O líder do governo na Assembleia Legislativa, Zé Neto (PT), definiu a medida como um "processo em que se busca uma solução mediada entre as forças estadual e federal". Ele explica que, apesar de o conflito ser de competência da União, uma vez que ocorre fazendeiros e indígenas, o Estado tem o dever de acompanhar. "O governo reconhece que o clima chegou ao nível de indisposição de ambas as partes para a negociação. Temos que ter cuidado para a situação não chegar a algo ainda mais grave", admitiu o deputado, em entrevista ao Bahia Notícias. "É preciso estabelecer a ordem para o cumprimento de medidas judiciais e o governo mostra que tem tomado todas as medidas cabíveis", completou. Nesta terça-feira (11), em Una, o líder do Assentamento Ipiranga, Juraci Santana, foi morto supostamente por grupos indígenas que reivindicam o direito às terras. Em outubro do ano passado, em visita à Bahia, o ministro Cardozo prometeu adotar medidas para pacificar as regiões em disputa. Moradores reclamam que nada efetivamente foi realizado. por Sandro Freitas/ Evilásio Júnior/ Alexandre Galvão / Foto: Divulgação
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