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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Vascaíno preso com ferro era músico em igreja, diz jornal

GIULIANO GOMES/ESTADÃO CONTEÚDO
Do UOL, em São Paulo

Leone Mendes da Silva, de 23 anos, ficou conhecido no Brasil após ser preso ao se envolver numa confusão entre torcidas no jogo entre Atlético-PR e Vasco pela última rodada do Campeonato Brasileiro. Era ele quem portava uma barra de ferro com um prego na ponta durante a confusão. Nesta terça-feira, o jornal carioca Extra publicou um perfil revelando outras facetas do torcedor organizado.
Na reportagem, ele é descrito como "descontraído e pacato barbeiro do bairro (Austin, em Nova Iguaçu), ex-saxofonista da banda da igreja evangélica local". Segundo o jornal, Leone é solteiro e arrimo de sua família há cerca três anos, quando terminou o ensino médio e quando sua mãe Cleuza Mendes da Silva, de 48 anos, sofreu um derrame.
Cleuza, aliás, tem papel de destaque no perfil sobre seu filho e ela diz que tentou demovê-lo da ideia de continuar participando da torcida organizada.
"Ele sempre torceu pelo Vasco, mas esse fanatismo aumentou com o tempo. Eu sempre falando: 'Meu filho, larga isso de jogo, de torcida'. Mas nunca pensei que ele faria uma coisa dessas. Eu preciso que ele me explique o que aconteceu lá. Ele é um rapaz bom", declarou a mãe, que ainda não conversou com Leone Mendes da Silva desde a prisão do rapaz.
Preocupada com a ausência do filho, Cleuza Mendes da Silva diz que fará de tudo para conseguir a liberação do rapaz, cuja pena ainda não foi definida.

"Eu não tenho dinheiro agora, mas se for preciso vendo até a casa. Eu quero que saibam que tenho ciência que o que ele fez foi errado. Não estou passando a mão na cabeça dele, mas ele tem 23 anos, emprego, carro e um salão. É trabalhador", disse.
De acordo com um primo de Leone - cujo nome não foi revelado pelo jornal carioca - um advogado da organizada Força Jovem, irá representar o torcedor preso. A família não teria condições de arcar com os R$ 4 mil que estariam sendo cobrados apenas para analisar o caso.
A estratégia da defesa é alegar legítima defesa, pelo fato dos vascaínos serem minoria, Leone teria utilizado o primeiro artefato que teria em mãos.
"Eles (advogados) me explicaram que o que está pesando muito é a imagem dele batendo em um homem já caído. Mas, no meio da confusão, as pessoas não pensam direito", declarou o primo.

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