Daniel Leal - Diario de Pernambuco
Dedé abriu o placar para o Tricolor do Arruda na vitória sobre o Sampaio Corrêa
O olhar perdido na imensidão do nada provavelmente assistia a um filme passar velozmente na memória. Rebaixamentos, decepções, Série D, derrotas inimagináveis (...), inaceitáveis. Uma simples observação nos olhos arregalados presentes nas arquibancadas do estádio do Arruda fazia refletir da torcida coral a perplexidade pelo “novo”. Pelo inédito. O Santa Cruz é campeão da Série C. Venceu o Sampaio Corrêa por 2 a 1, neste domingo, e pela primeira vez em seus 99 anos de história conquistou um título nacional. Para muitos, muito pouco pela grandeza tricolor. Para a maioria, o simbolismo de uma taça que representa a passagem por tudo aquilo que o clube superou. Um adeus à Série C e início de uma nova era. Centenária, promissora. De dias melhores.
De maneira incontestável, o Santa Cruz comemorou o título perante a torcida. Viu um dos principais heróis e símbolos desse novo momento tricolor, o goleiro Tiago Cardoso, levantar a taça. Foi a quarta conquista do paredão com a camisa coral. A torcida foi ao delírio. Comemorou, chorou. Talvez, nem tanto por ser campeão. Mas por sentir que, enfim, o “pesadelo” acabou. Os gols do título tricolor foram anotados por Dedé (no primeiro tempo) e pelo xodó Flávio Caça-Rato (logo no início do segundo tempo). Aos 34, Cleitinho ainda descontou. Mas já era tarde demais. O taça já tinha dono.
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