Os nomes das empresas que lideram o ranking de reclamações só serão conhecidos em março do ano que vem, ironicamente, no Dia do Consumidor, quando é publicado o Cadastro de Reclamações Fundamentadas. O assessor técnico do Procon, Filipe Vieira, explicou porque os nomes não serão divulgados antes ou durante o período de compras que marca o verão, o que poderia servir de alerta para os consumidores. “Seguimos um protocolo que é imposto pelo governo federal”, disse. Ele, no entanto, projeta como certa a continuidade da presença das empresas de telefonia móvel no topo da lista, tendência registrada nos últimos anos. Os números disponíveis, atualmente, no Procon-BA identificam somente as áreas com maior número de reclamações em 2013. A área de produtos vem na frente com 20227 atendimentos. A área de serviços vem em segundo lugar com 18675. Em ambas, segundo Vieira, a tendência dos últimos anos deve ser mantida, com empresas que oferecem produtos ou serviços de telefonia móvel.
Em 2010, a operadora Oi foi a recordista de reclamações. A Samsung e a Nokia do Brasil vinham abaixo na lista. Em 2011, a Oi, com 625 queixas, perdeu apenas para a Companhia de Eletricidade do Estado (Coelba), que teve 743. No ano passado, a Oi foi segunda na lista encabeçada pela LG Electronics, com 420 reclamações. A claro teve 127. A Tim e a Vivo também constavam na lista. Os Cadastros de Reclamações Fundamentadas estão disponíveis no site da Secretaria da Justiça Cidadania e Direitos Humanos da Bahia. Segundo Vieira existe uma lógica mercadológica que ajuda a manter as empresas que trabalham na área de telefonia, seja na área de serviço ou de produtos, como líderes no ranking. “Comunicação é hoje uma necessidade básica como serviço de água encanada e energia. Mais de 90% da população têm, pelo menos, um celular. E todos necessitam de operadoras para fazer esses telefones funcionarem. Ou seja, são produtos e serviços consumidos por quase todas as famílias, não só baianas como as brasileiras”, explicou.(Tribuna)
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