Vez por outra, a América Latina enverga o caminho. Se os anos 80 demarcaram a redemocratização, a década de 90 ficou para as reformas liberais, com venda de estatais perdulárias e abertura de mercados enclaustrados. No rescaldo, chegou o novo milênio, pela porta da esquerda. Foi a grande “onda rosa”, de Manágua a Santiago. A ordem do dia era a intervenção na economia, capitalismo de Estado, crédito fácil para os consumidores e mimos para empresas campeãs. O que virá agora?
Se depender dos fiadores do poder atual, a temporada rosa ainda vai longe. Até 2022 no Brasil, afirma o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, o líder petista quer mais. Figura fácil no horário eleitoral alheio, só neste ano gravou mensagens de apoio ao venezuelano Nicolás Maduro, à socialista hondurenha Xiomara Castro e à chilena Michelle Bachelet. No último Foro de São Paulo, exortou os latinos para acenderam o “farol” para a “enfraquecida” esquerda global.
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