Quatro torcedores estão internados com traumatismo craniano após a briga generalizada entre torcidas na Arena Joinville, em Santa Catarina. Nenhum deles corre risco de morrer. As informações foram confirmadas pelo Hospital Municipal São José. Os feridos foram levados para o local e um dos jovens já foi liberado. A pancadaria interrompeu por mais de uma hora a partida deste domingo entre Atlético-PR e Vasco, válida pela última rodada do Campeonato Brasileiro.
Os internados são os atleticanos Estavam Viana, 24 anos, e William Batista, 19, e os vascaínos Gabriel Ferreira Vitael, 20, e Diego Cordeiro da Costa Ferreira, 29. "Eles estão estáveis, mas que inspira mais cuidado é o William. Ele sofreu um corte no crânio e um trauma mais severo. Os demais estão com muitas escoriações na face, corpo e crânio. Mas nenhum com risco de morte", afirmou o chefe de enfermagem do Hospital Municipal São José, Robson Duarte.
A torcida paranaense partiu para a minoria vascaína, que foi para o enfrentamento. Os jogadores tentaram intervir, mas sem sucesso e a pancadaria aumentou de proporção com a torcida do time cruzmaltino encurralada contra a grade. Alguns torcedores ficaram caídos desacordados. Após a confusão nas arquibancadas, o jogo foi interrompido e um helicóptero da Polícia Militar pousou no gramado para auxiliar o atendimento.
O clima em Joinville era tenso antes mesmo do apito inicial. A partida na cidade catarinense já preocupava as autoridades por conta da possibilidade de violência entre as torcidas e revolta por possíveis resultados finais. O duelo deste domingo pode determinar o rebaixamento do Vasco, assim como a ausência do Atlético-PR na Copa Libertadores de 2014.
E mesmo diante da tensão que envolvia a partida, o UOL Esporte antecipou na última sexta-feira que uma ação do Ministério Público determina que a Polícia Militar faça apenas o patrulhamento externo dos eventos no estado. Cerca de 100 funcionários particulares estavam responsáveis pela segurança na partida deste domingo. A ausência de policiamento foi duramente criticada pelo presidente do Vasco, Roberto Dinamite.
"Não tem como o MP [Ministério Público] proibir a PM [Polícia Militar] de entrar no estádio. Segurança particular não segura, já foi mostrado que não tem como. Já falei com o delegado da partida, o árbitro, o comandante da polícia... Se continuar o jogo a responsabilidade é deles. A questão aqui não é rebaixamento. São vidas. Não teve policiamento. São vidas que estão aqui, não é primeira ou segunda divisão. Estou pensando em vidas. Está aí o comandante", afirmou Dinamite em entrevista à TV Globo.
O porta-voz da Polícia Militar, Adilson Moreira, justificou a ação da polícia. "É um evento privado e a segurança era de responsabilidade de uma empresa privada contratada pelo Atlético-PR. Tudo vai ser analisado em razão das imagens. A Polícia Militar tinha que fazer o policiamento na parte externa do estádio, como está fazendo", disse à Rádio Globo.
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