No Planalto Central, esquenta a briga entre os Poderes da República, fazendo ampliar a crise entre os Poderes Legislativo e Judiciário.
Enquanto isso acontece, crescem os protestos em todo o País pela morte brutal da dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, 46 anos, incendiada e morta por sanguinários marginais na cidade de São Bernardo do Campo (SP), pelo simples motivo de ter pouco dinheiro em sua conta bancária, o que tem aumentado ainda mais a crescente insatisfação da população brasileira com o atual marasmo que cercam os políticos e responsáveis pela condução das políticas públicas da nação.
O que Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes) e Cinthya Magaly Moutinho de Souza tinham em comum?
Os dois eram dentistas, ambos morreram no mês de Abril (ele, em 21 de Abril de 1792; ela, em 25 de Abril de 2013) e lutavam pelo legítimo direito dos desiguais em terem os mesmos direitos de sorrir.
Enquanto um guerreou contra o poder do Império português que extraia o ouro da colônia brasileira, sangrando e empobrecendo os cidadãos brasileiros, a outra pelejava diariamente em seu modesto consultório para ajudar as pessoas mais humildes a serem cuidadas e tratadas em sua higiene e tratamento bucal.
Cinthya, que contava apenas com a ajuda de sua mãe idosa em suas tarefas profissionais, procurava ignorar todas as suas dificuldades diárias (que incluíam uma irmã com problemas mentais) apenas para trazer mais alegria e dignidade aos mais humildes, numa desburocratização muito pessoal as regras atuais que tanto tem impedido os cidadãos brasileiros em terem acesso ao seu legítimo direito de sorrir.
Sua execução criminosa, que nos fez ir às lagrimas em 25 de abril de 2013, encerrou de forma cruel uma vida modesta, de muito trabalho, muito sonho e muito amor ao próximo.
Com a morte de Cinthya Souza, a nova Tiradentes da República, ocorreu a morte do sorriso brasileiro.
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