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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O que resulta de ser pelego


Que oposição?

Desde 2008, Aécio Neves (PSDB-MG) patina nos 15% das intenções de voto para presidente da República. Mesmo ungido como o candidato tucano e sem a sombra de Serra ou Alckmin, o senador mineiro surge na pesquisa Datafolha, publicada hoje, como uma enorme decepção eleitoral. Perde até mesmo para Marina Silva. Em alguns casos, está embolado com Joaquim Barbosa. Os dois sem partido.
Datafolha faz uma análise da pesquisa afirmando que segurança pública poderá ser o grande problema para Dilma (ou Lula) em 2014. Bobagem. Só se estivéssemos em guerra e, obviamente, com Copa do Mundo, o país vai melhorar este indicador. Aliás, imaginem para onde irá o prestígio da presidente (ou do seu guru) com a Copa sendo realizada no Brasil, com festa, feriado e farra por um mês inteiro. Aeroporto não pára para pobre. Trânsito o coitado tira de letra, pois já anda quatro horas por dia para ir e voltar do trabalho.A economia? A economia vai andar de lado, mas vai corrigir salário, manter juros, aumentar financiamento e crédito. Não torçam por aí que o Brasil - não por Dilma e Mantega, mas por algumas ilhas de excelência como o agronegócio - tem bala na agulha para atravessar a crise global. E o PIB? Pergunte pro zelador do prédio se ele sabe o que é isso.
Não existe oposição no Brasil. E a que existe será extirpada em 2014. Querem um exemplo? Beto Richa, dono do PSDB no Paraná, ficou dono do PMDB, que era do Roberto Requião, ao eleger, ontem, o seu secretário Osmar Serraglio como presidente da legenda. Richa, dono do PSDB e até da sua juventude com o filho ocupando o cargo de presidente da garotada, vai negar legenda para Álvaro Dias, líder do PSDB no Senado, renovar o seu mandato. Dias terá que se contentar com uma vaga a deputado federal. Para que partido iria? No PDT já tem o seu irmão, Osmar Dias, que será candidato ao Senado, aliado ao PT. O PSB é aliado ao PSDB. Sobra o PSD de Kassab, que irá apoiar Gleisi Hoffmann, do PT, ao governo do estado. E o PT não vai querer colocar irmão contra irmão na eleição. Álvaro Dias, o mais combativo dos senadores, poderá sair de cena em 2014. É apenas um exemplo. Por estas e outras qualquer petista se elegerá no primeiro turno,na eleição presidencial. Este blog tem apanhado muito por, há tempos, afirmar o que o Datafolha estampa hoje na capa da Folha de São Paulo. Nenhum político comete haraquiri. Portanto, se Álvaro Dias mudar de partido e for para a base da Dilma, não se irritem. É a política estúpida da oposição brasileira. 
* Coturnonoturno

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