247 – O empresário Eike Batista tem bilhões de motivos para esquecer, o quanto antes, 2012. Este é, sem dúvida, o ano do seu inferno astral. Ter o filho Thor nas manchetes dos jornais, em razão da morte de um ciclista atropelado por sua McLaren, talvez tenha sido o momento de maior apreensão pessoal. Mas seu bolso também saiu muito machucado nos últimos doze meses.
Na lista das dez companhias abertas cujas ações mais caíram no mercado em 2012, por três vezez empresas dirigidas pelo empresário aparecem. Com destaque que a OGX, de petróleo, a campeã das perdas durante todo o ano. Seus papéis, até a sexta-feira 28, havia derretido em 67,84%, o que significou uma redução de R$ 25 bihões em valor de mercado. Nas nona e décima colocações entre as piores do ano, mais duas empresas de Eike: a MMX, com queda de 28,78%, e a LLX, com igual percentual de redução.
Em contrapartida, a Ambev, que faz parte do grupo de companhias do empresário Jorge Paulo Lehmann, aparece em primeiro lugar entre as empresas com melhor desempenho no ano de 2012, com crescimento de R$ 42,7 bilhões. Esse movimento em gangorra, com Eike descendo e Lehmann subindo, alterou o posicionamento de ambos na lista dos homens mais ricos do Brasil e do mundo. Jorge Paulo tomou de Eike o primeiro lugar e não deverá cedê-lo tão cedo.
O que o mercado diz, entre comentários de analistas, é que, em 2013, se Eike insistir em não continuar entregando o que promete, as quedas de suas companhias serão ainda mais acentuadas. Ele aposta num socorro do BNDES para prosseguir com um dos manda-chuvas da bolsa. Mas também isso lhe custou caro em 2012: a CVM o chamou para dar explicações formais sobre esse boato. Para Eike, como se vê, o melhor mesmo é que 2013 comece o quanto antes.
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