Por: Radar Notícias
Na primeira semana de novembro foram apresentadas 11 cartas de demissão para médicos, enfermeiros e nutricionistas do município de Santa Luzia. O fato gerou revolta entre os funcionários e moradores da cidade, que procuram os serviços de saúde. Entre os demitidos, está a uma enfermeira grávida, que mesmo assim teve seu contrato rescindido.
Segundo informações, a demissão de uma médica chama atenção pelo fato de a mesma afirmar ser efetiva. Boa parte dos demitidos já entrou com um processo contra prefeitura. Além disso, os profissionais enviaram um ofício ao Ministério Publico, solicitando uma posição do órgão.
Além dos profissionais demitidos, a população de Santa Luzia - cerca 8 mil pessoas – também sofre com o problema. A principal vítima do descaso foi a moradora Aurenir Caetano, de 58 anos, que sofria de esquizofrenia e edema pulmonar, e, segundo a família, morreu enquanto esperava atendimento médico.
No momento, trabalham no município apenas dois médicos, três enfermeiros – uma delas, filha do então prefeito Ismar Santana –, e alguns técnicos em enfermagem. O atendimento com os médicos são realizados somente duas vezes por semana, e a enfermaria trabalha com horário limitado.
Em nota a prefeitura informou que as demissões foram por razões financeiras “visando equilibrar as finanças do município, de maneira urgente, rescindindo o contrato com alguns funcionários”, mas salientou que “o governo garantirá que as necessidades básicas de saúde serão asseguradas”.
No site do Ministério da Saúde, onde são divulgadas as verbas distribuídas entre municípios, consta que as verbas da saúde de Santa Luzia já somam mais de R$ 1,5 milhão neste ano e se encontram em dias. Mesmo assim, houve a demissão conjunta, corte de salário e atrasos que chegam a dois meses, com a justificativa de conter as despesas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário