Uma sala de aula foi improvisada na rua em frente ao Colégio Estadual Hertha Layser, em Anápolis, a 55 quilômetros de Goiânia, como protesto pela não conclusão da reforma da unidade escolar. As obras se arrastam por dois anos e, na terça-feira (27), cerca de 100 estudantes e familiares promoveram uma manifestação pela reabertura da escola.
Desde o início da reforma, 400 estudantes foram remanejados para salas na Casa da Criança e no salão paroquial da Igreja São Cristóvão. Segundo a estudante Laysla Morais Miranda, 16, estes locais não possuem estrutura para os alunos estudarem. Cursando o segundo ano, do nível médio, ela diz que na Casa da Criança há mau cheiro devido ao esgoto que escorre do andar de cima, as vidraças estão quebradas e quando chove as salas ficam molhadas. “Fomos protestar porque queremos voltar para a escola, onde faltam apenas 15% das obras para serem concluídas. Lá está melhor do que na Casa da Criança e no salão paroquial”. Os manifestantes levaram vassouras, baldes e materiais de limpeza para tentar limpar a escola e mostrar que seria possível o retorno dos estudantes ao local. Mas a entrada foi proibida pela Polícia Militar. Durante a mobilização, os estudantes tiveram aulas no meio da rua, com disciplinas separadas, mas sem o quadro negro. Para mãe da estudante Laysla, Marli Leite de Morais Miranda, a situação atual dos alunos é de calamidade. “A nossa expectativa é de que a reforma seja concluída. Minha filha está num local apertado e com medo de terminar o nível médio sem poder voltar à escola”. Segundo informações da Agetop (Agência Goiana de Transportes e Obras), a escola deve ser entregue em 2013 para o início das aulas. Em relação à reforma, ainda é preciso uma nova licitação para a conclusão das obras. Em nota, a Secretaria Estadual de Educação alegou que os prédios foram alugados para atender os alunos, mas devido às reclamações os locais podem ser alterados até que a reforma seja concluída. Não há prazo para as mudanças. Do UOL Noticias
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