Um operador de retroescavadeira demitido de uma construtora em Cascavel (a 498 km de Curitiba) recebeu R$ 3.100, equivalente a metade de sua rescisão trabalhista, em notas falsas de R$ 50. Joniesmar Macedo, 27, percebeu o golpe na última terça-feira (27), um dia após receber o pagamento, quando tentou comprar um eletrodoméstico em uma loja da cidade. Ali informaram que o dinheiro era falso. Macedo procurou então a polícia. O funcionário responsável pelo setor de recursos humanos da construtora Cantareira, Agnaldo Bergamini, foi preso no mesmo dia. Segundo o delegado Ademair Braga Junior, ele confessou ter comprado as cédulas em Foz do Iguaçu (na fronteira com o Paraguai) e afirmou ter atuado sem conhecimento da empresa. Foi a primeira vez que aplicou o golpe, disse Bergamini à polícia. Após o registro da ocorrência, policiais encontraram no cofre da construtora R$ 3.000 em notas falsas. Mesmo assim, de acordo com o delegado, não há indícios de participação da empreiteira. À polícia a empresa alegou que só o responsável pelo RH tinha acesso ao cofre e que havia emitido um cheque para o pagamento de Macedo. Afirmou ainda que outros trabalhadores fariam rescisão nesta semana. O funcionário demitido disse que durante os 18 meses em que trabalhou no local sempre recebeu de forma correta e em cheques. A empresa já se comprometeu em depositar o valor das cédulas falsas, afirmou Macedo. A construtora, com sede em Maringá, disse à reportagem que o departamento jurídico estuda o futuro do funcionário preso, que poderá ser demitido por justa causa. Ele está preso na cadeia pública de Cascavel. A polícia não soube informar se ele tem advogado, e a reportagem não conseguiu localizar nenhum defensor. A Polícia Federal investigará a falsificação do dinheiro.
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