A presidente Dilma resolveu jogar pesado e cumprir sua velha manobra de cabrestear a bancada do PDT na Câmara e o próprio Partido. Aproveitando a ida do Líder do PDT, deputado André Figueiredo (PDT-CE), junto com uma comitiva trabalhista, à China, Dilma resolveu designar o seu ministro do Trabalho, Brizola Neto, para fazer o trabalho sujo. Aproveitando a ausência de André Figueiredo - uma jovem liderança trabalhista que está revolucionando a bancada do PDT na Câmara Federal e tornando o Partido cada vez mais independente dos interesses do governo - a presidente mandou Brizola Neto visitar a bancada na terça-feira, coisa que ele não havia feito desde a posse. A visita serviu para o ministro convidar os deputados do PDT para um beija-mão ao seu gabinete no no dia seguinte, quarta-feira, onde sem qualquer pudor, fez as seguintes colocações:
1) O gerenciamento das demandas da bancada do PDT - leia-se emendas - em todos os ministérios está, por delegação de Dilma, sob a condução do ministro do Trabalho.
2) A liberação de emendas ou qualquer demanda da bancada trabalhista junto ao governo está condicionada à lealdade incondicional para com os projetos do governistas e - o mais vergonhoso - à saída de André Figueiredo da liderança do Partido. Dilma quer que o líder da bancada do PDT na Câmara seja um deputado de primeiro mandato, dócil aos interesses do governo.
. A reação foi imediata. Nesta quarta a noite, aliados do líder pedetista, unidos no que já está sendo chamado de "resistência trabalhista" reuniu-se por vídeo conferência com André Figueiredo e os demais integrantes da comitiva que está em Pequim para organizar a reação.
. O retorno de André Figueiredo promete dores de cabeça para o governo, pois a bancada do PDT considera-se afrontada pela abordagem de Brizola Neto - que não representa o PDT no governo, e vai partir para a briga para garantir a própria sobrevivência do Partido. Por Polibio Braga
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