O incêndio que atingiu nesta terça-feira (27) a favela Arthur Bernardes, localizada na zona oeste de Manaus, deixou 545 famílias desabrigadas e afetou cerca de 2.000 pessoas, segundo a prefeitura. Não houve registro de feridos.
As famílias foram abrigadas em um ginásio esportivo e casas de parentes nos bairros de São Jorge e São Geraldo. A favela, que foi completamente destruída, era formada por palafitas (casas de madeira), fincadas em um igarapé, braço do rio Negro. Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio começou por volta das 8h (10h no horário de Brasília). Foi controlado cinco horas depois, mas equipes ainda fazem o rescaldo no local. Há indícios de que um curto circuito em uma casa desencadeou as chamas, mas as causas ainda são investigadas.
Morador da favela, Daniel Monteiro, 20, disse que sua casa foi complemente destruída. Ele afirmou que os bombeiros demoraram a chegar. "Chamamos os bombeiros e eles não chegaram a tempo. Eu e minha mãe perdemos tudo", disse. O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Antônio Dias, disse que as equipes chegaram cinco minutos após a primeira chamada. "Os bombeiros tiveram dificuldades no acesso e na locomoção debaixo das palafitas", afirmou. Na mesma favela viviam famílias que tiveram casas inundadas pela enchente do rio Negro entre os meses de maio e julho. Elas são cadastradas pelo governo estadual em um programa social, mas ainda não foram beneficiadas com moradias. O governo do Amazonas anunciou que está cadastrando os desabrigados para entrega de colchões, cestas básicas e assistência na emissão de documentos perdidos. Eles receberão ainda uma bolsa auxílio de R$ 300.
ROUBOS
Enquanto moradores da favela eram afetados pelo incêndio, ladrões aproveitaram o tumulto e roubaram eletrodomésticos, eletroeletrônicos, geladeiras e televisores, ainda segundo o Corpo de Bombeiros. No desespero, muitas famílias jogaram pertences dentro do igarapé na tentativa de salvá-los das chamas. Da Folha.com
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