Após 76 dias de treinos, polêmicas e confusões, Adriano deixará o Flamengo pela porta dos fundos. Com seis faltas - três a mais que o permitido -, o Imperador teve seu contrato rescindido por justa causa. E o fato não chega a ser novidade para o jogador, que amarga sua terceira demissão em um intervalo de cerca de um ano e meio. Antes disso, ele já havia sido dispensado de Roma-ITA e Corinthians. E Adriano já escolheu um vilão para sua saída. Sem reconhecer os eternos problemas que o atrapalham na tentativa de retomar a carreira, ele apontou o técnico Dorival Júnior como seu principal obstáculo na busca que travou durante mais de dois meses para voltar a vestir a camisa rubro-negra em uma partida oficial.
Para ele, era o treinador quem não o deixava jogar. Adriano entende que já tinha condições e poderia ter atuado pelo Flamengo no Campeonato Brasileiro, mesmo com os mais de 100kg e longe do condicionamento físico aceitável para um jogador. E, de fato, Dorival ainda não queria ver o Imperador em campo. Mas o técnico esteve longe de ser um algoz. Em conversas com o diretor executivo Zinho e outros membros, ele se mostrava preocupado com Adriano e procurava acompanhar a recuperação do atleta de perto. No entanto, assim como outros no clube, perdeu a paciência com a série de indisciplinas e passou a defender que não seria bom tê-lo em campo ainda. Números pífios E os números de um passado recente dão razão a Dorival. "Brigando" contra a balança e, principalmente, contra as polêmicas, Adriano amarga uma péssima média nos últimos anos, nos clubes que foi demitido. Enquanto nem atuou no Flamengo, por Roma-ITA e Corinthians foram apenas 17 jogos disputados e dois gols marcados. E Adriano ainda não sabe onde pode recuperar os bons números do tempo de Imperador e superar a pífia média dos últimos anos. O jogador, que deixou o Flamengo na segunda, disse que pretende retornar aos gramados em 2013, mas sem um clube definido por enquanto.
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