Em seu primeiro dia como prefeito eleito de São Paulo, o petista Fernando Haddad disse ontem que a adoção do Bilhete Único Mensal e o fim da taxa de inspeção veicular devem ficar para 2014. As duas promessas foram destaques do programa de governo do ex-ministro da Educação e o ajudaram a vencer o adversário José Serra (PSDB) no segundo turno. Haddad argumentou que o novo bilhete e o fim da taxa dependem da aprovação de leis na Câmara Municipal. "Meu compromisso é remeter essas iniciativas para a Câmara no primeiro momento e orientar a bancada o quanto antes", disse. "Eu quero crer que, no segundo ano de governo [ou seja, em 2014], isso já esteja equacionado." O novo prefeito pediu ajuda e "compreensão" aos vereadores que farão oposição a ele para aprovar os projetos, que foram criticados por Serra na campanha. "Quero crer que não haverá resistência à proposta, uma vez que ela foi discutida na campanha.
A população, de certa maneira, deu aval à iniciativa", afirmou. Haddad fez elogios ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), com quem se reunirá hoje, e disse que espera implementar parcerias entre prefeitura e Estado prometidas por Serra na campanha. "Se tiver que dividir o sucesso de programas com o governador, vou fazer isso com muito gosto", afirmou. "Tudo aquilo que estava sendo discutido com a prefeitura durante a gestão de [Gilberto] Kassab e Serra nós vamos dar continuidade. Não vamos abdicar ou renunciar de nenhum real." Ele cobrou a cessão de terrenos ociosos próximos a estações da CPTM e do metrô para a instalação de creches, prometida pelo tucano. "Não é porque eu ganhei a eleição e o Serra perdeu que eu não vou aceitar os terrenos. Se há terrenos disponíveis, eu faço questão de dizer que pretendo aproveitá-los." O novo prefeito disse que também pretende aproveitar o primeiro ano para aprovar as leis necessárias às intervenções urbanas do chamado Arco do Futuro, outra promessa de sua campanha. Ele disse que há uma "extensa legislação" a ser alterada, incluindo Plano Diretor, lei de zoneamento, código de obras e sistema tributário. Haddad não respondeu se considerava adequada a presença do aliado Paulo Maluf (PP) em sua festa da vitória. O ex-prefeito é procurado pela Interpol e foi escondido pela campanha depois que a união foi selada. "Maluf é deputado. Sou uma pessoa educada e não destrato ninguém, sobretudo quem tem mandato popular." De www.bol.uol.com.br/
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