Conversas interceptadas pela Polícia Federal com autorização judicial apontam o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) como um dos parlamentares que negociavam com a organização comandada pelo contraventor Carlos Alberto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o tucano, que é aliado e correligionário do governador de Goiás, Marconi Perillo, recebeu depósitos bancários e bens – até mesmo imóveis – obtidos com atividades ilícitas. Assim como ocorria com o senador Demóstenes Torres (DEM), Leréia também utilizava um telefone da marca Nextel cedido por Cachoeira e habilitado nos Estados Unidos para tornar mais difíceis grampos nas comunicações do grupo. Leréia afirmou por meio de sua assessoria que só falará sobre as acusações depois que tiver total acesso aos autos do inquérito. Além do democrata e do tucano, outros quatro congressistas são alvos até o momento do inquérito criminal aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria-Geral da República. São eles os deputados Jovair Arantes (PTB), Rubens Otoni (PT) e Sandes Júnior (PP) – todos de Goiás – além de Stepan Nercessian (PPS-RJ), que se afastou de todos os cargos e funções que ocupa na legenda depois de confirmar que recebeu R$ 175 mil de Cachoeira.
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