Duas vezes por semana, Johnnie “Spider” Footman tira o carro da garagem e ganha as ruas de Nova York para trabalhar com aquilo que sabe fazer de melhor: dirigir táxis. Esse é o seu ganha-pão desde 1945.
Aos 92 anos, Spider é o taxista mais velho de Nova York e, quem sabe, até mesmo do mundo. E quem pensa que ele só trabalha atrás do volante duas vezes por semana porque está velho, se enganou. Em outros dois dias, Spider vai até a sede da companhia de táxis ajudar os mecânicos.
Mesmo com a idade avançada, aposentadoria é uma palavra proibida para Spider. Sua licença de taxista expira somente em 2014. Até lá, ele ainda tem várias ruas a percorrer por Nova York.
Spider chegou à cidade em 1937, fugindo da violência racista do sul dos Estados Unidos, e logo foi trabalhar na garagem de uma empresa de táxis. Em 1945, decidiu tirar sua licença.
Ele conta que, obviamente, muita coisa mudou de lá para cá, e não foi só a mecânica dos carros ou a tecnologia dos GPS. Os clientes também são outros.
“Os clientes eram ótimos naquele tempo. Agora, os motoristas são uma espécie de ferramenta. Você usa quando é necessário e depois joga de volta à caixa”, contou.
Spider também admite que os motoristas mudaram muito em todos esses anos.
“Os motoristas fazem tudo o que o cliente pede. Isso é errado. Os motoristas têm medo de perder a corrida e por isso se arriscam. Muitos são multados por causa disso”, afirmou.
O taxista jura que ainda está em boa forma no trânsito, mas conta que não gosta de correr e raramente ultrapassa outros carros.
“Eu já logo falo para os clientes. Se precisam de um taxista ligeiro, esse aqui é lerdo. Faço as coisas do meu jeito”, afirmou. (Com NY Post)
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