A violência no Entorno do Distrito Federal faz das mulheres vítimas frequentes. No município goiano de Águas Lindas, a 50 quilômetros de Brasília, a Delegacia de Atendimento à Mulher registra 80 casos de agressões domésticas por mês. Diariamente são registrados, pelo menos, dois casos, mas os policiais já chegaram a receber até seis queixas em menos de 24 horas. Por ano, a estatística assusta: são 960 mulheres agredidas, de acordo com a coordenadora do Centro de Apoio à Vítima de Crimes de Águas Lindas, Rosa Maria dos Santos.
Rosa participou hoje (2) de audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado, a primeira de uma série de audiências que pretende discutir alternativas para o desenvolvimento autossustentável e a geração de emprego e renda na divisa de Goiás com o Distrito Federal. A audiência também teve a participação de representantes do governo do Distrito Federal e da Força Nacional de Segurança, que está reforçando o policiamento na região do Entorno do DF, uma das regiões mais violentas do país.
As mulheres vítimas de violências em Águas Lindas não contam com uma casa de passagem para acolhê-las e, por isso, ficam ainda mais desprotegidas, explicou Rosa Maria dos Santos. As estatísticas da Delegacia de Atendimento à Mulher, segundo ela, mostram a gravidade do problema, principalmente porque o governo federal acabou com o projeto que havia sido implantado no município para atendimento das vítimas de violência, que era vinculado à Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, segundo ela. Da Agência Brasil
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