O município e a população de Candeal, no nordeste baiano, enfrentam a pior seca já registrada nos últimos 20 anos na região sisaleira. Com uma população de quase 10 mil habitantes, uma área territorial de 465 km quadrados e uma arrecadação anual de pouco mais de R$ 10 milhões, Candeal deixou de produzir desde o ano passado a sua safra agrícola de subsistência – milho, feijão e a mandioca. A escassez de chuva tem contribuído ainda para dizimar a pecuária de corte e leite, uma das principais atividades econômicas local. Reportagem do site AL notícias mostra que o município, considerado sede de uma das principais bacias leiteiras da região de Feira de Santana, com produção diária de 30 mil litros de leite, está com a sua produção praticamente zerada. Para piorar, sem água e alimento nas propriedades rurais, os animais começam a morrer e o cenário é desolador em toda a zona rural do município. Ainda segundo a publicação, muitas famílias estão sem ter como conseguir alimentos e até água para beber e cozinhar.
De acordo com o prefeito José Rufino Ribeiro Tavares (PMDB), que já decretou situação de emergência, a prefeitura conta com quatro carros-pipa que tem trabalhado 24 horas por dia para tentar atender a demanda de todo a população. “Nem a água da Embasa que abastece a sede de Candeal serve para o consumo humano devido ao alto teor de salubridade. O leite acabou, a agricultura não existe e o que vem segurando a economia local sãos os salários dos servidores públicos, aposentados e cerca de 1,4 mil famílias cadastradas na Bolsa Família”, lamentou o alcaide. De acordo com dados da Coordenação Estadual de Defesa Civil (Cordec), 158 municípios baianos estão em “situação de emergência” em decorrência da estiagem. O governo federal anunciou o envio de R$ 10 milhões para ações de emergência no estado. BN
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