O projeto de moda e economia da publicitária Joanna Moura, 27, finalmente está em contagem regressiva. Depois de 355 looks diferentes sem desembolsar um centavo para comprar roupas novas (um desafio hercúleo para fashionistas), faltam apenas dez dias para completar a saga do blog "Um ano sem Zara", que tem cerca de 20 mil acessos e uma média de 40 comentários por dia.
"Minha conta estava no vermelho. Um belo dia, enquanto arrumava o armário, eu me dei conta de que não usava boa parte das minhas roupas. E aí veio a ideia de passar um tempo sem comprar nada", diz a baiana radicada em São Paulo desde 2009.
A ideia era mostrar que moda pode ser uma questão de estilo e comportamento --e não precisa ser refém do consumo. "Não caí em tentação nenhuma vez. Mas ganhei presentes ao longo do processo --ainda bem!", conta a blogueira.
Por quase um ano, Joanna produziu, fotografou e publicou diferentes "looks" no blog, com direito aos créditos das grifes. Zara, a marca título do projeto, simboliza as diversas etiquetas que atiçam os desejos consumistas, principalmente femininos. No fim, ela descobriu que moda combina com economia e garante que se tornou uma fashionista menos compulsiva. "A moda é sazonal, mas também é cíclica. A questão é saber o que guardar e o que passar adiante. Além disso, há peças clássicas e atemporais, que devem ser a base do bom closet", diz.
*
sãopaulo - Consumo, comportamento e moda em São Paulo. Como sobreviver a essa tríade sem ficar quebrada no fim do mês?
Joanna Moura - Dá pra se vestir bem gastando pouco, mesmo numa cidade como São Paulo. As grandes magazines [as lojas chamadas "fast fashion", com roupas a preços mais acessíveis] estão investindo cada vez mais em design e qualidade. Os brechós paulistanos estão se proliferando. As pontas de estoque, também. Além disso, vale a velha tática de pegar peças emprestadas das amigas. O que é velho para umas pode ser novinho em folha para você.
Joanna Moura - Dá pra se vestir bem gastando pouco, mesmo numa cidade como São Paulo. As grandes magazines [as lojas chamadas "fast fashion", com roupas a preços mais acessíveis] estão investindo cada vez mais em design e qualidade. Os brechós paulistanos estão se proliferando. As pontas de estoque, também. Além disso, vale a velha tática de pegar peças emprestadas das amigas. O que é velho para umas pode ser novinho em folha para você.
Você está quase no fim do projeto. O que aprendeu nesse tempo?
Aprendi que é possível ser muito mais criativa com as coisas que temos. A possibilidade de comprar a qualquer hora faz com que a gente se torne um tanto quanto preguiçosa na hora de montar "looks" diferentes. Essa sensação de "não tenho nada para vestir" é, na verdade, preguiça de pensar em alguma coisa diferente com o que a gente já tem. Mais do que qualquer outra coisa, este ano foi um exercício de criatividade.
Aprendi que é possível ser muito mais criativa com as coisas que temos. A possibilidade de comprar a qualquer hora faz com que a gente se torne um tanto quanto preguiçosa na hora de montar "looks" diferentes. Essa sensação de "não tenho nada para vestir" é, na verdade, preguiça de pensar em alguma coisa diferente com o que a gente já tem. Mais do que qualquer outra coisa, este ano foi um exercício de criatividade.
Dá para ficar mais "um ano sem Zara"?
Sim, daria, com certeza. Mas eu me esforcei muito para não repetir "looks" inteiros --e para mostrar combinações diferentes com as mesmas peças. Nesse sentido, seria complicado manter o blog sempre com novidades por mais um ano. Mas, se levarmos em conta que repetir roupa é mais do que normal, conseguiria tranquilamente ficar mais um ano longe do shopping. Aliás, a minha dica é: passe longe dos shoppings. São Paulo oferece uma série de opções de lazer. Não tem porque passar o sábado passeando pelo shopping. De JULIANA SAYURI - COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Sim, daria, com certeza. Mas eu me esforcei muito para não repetir "looks" inteiros --e para mostrar combinações diferentes com as mesmas peças. Nesse sentido, seria complicado manter o blog sempre com novidades por mais um ano. Mas, se levarmos em conta que repetir roupa é mais do que normal, conseguiria tranquilamente ficar mais um ano longe do shopping. Aliás, a minha dica é: passe longe dos shoppings. São Paulo oferece uma série de opções de lazer. Não tem porque passar o sábado passeando pelo shopping. De JULIANA SAYURI - COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Nenhum comentário:
Postar um comentário