Em novo vexame, um documento oficial do PSDB com críticas à Dilma é censurado pelo próprio partido.
Segundo o colunista Ilimar Franco, de O Globo, o texto original do “balanço crítico do primeiro ano do governo Dilma Rousseff”, documento oficial do PSDB redigido por Alberto Goldman, ex-vice de São Paulo, foi completamente adulterado pelo alto comando do partido.
Nos 13 tópicos não há menção a nenhum dos seis ministros que perderam o emprego por envolvimento em altas bandalheiras. Tem 3.226 palavras, mas “corrupção”não figura entre elas.
“A presidente é tolerante com a corrupção”, afirmou Goldman no original. “O ex-ministro Palocci, nas palavras da presidente, saiu porque quis”, exemplificou. Tudo censurado.
Nos 13 tópicos não há menção a nenhum dos seis ministros que perderam o emprego por envolvimento em altas bandalheiras. Tem 3.226 palavras, mas “corrupção”não figura entre elas.
“A presidente é tolerante com a corrupção”, afirmou Goldman no original. “O ex-ministro Palocci, nas palavras da presidente, saiu porque quis”, exemplificou. Tudo censurado.
Quanto à classificação do desempenho do Planalto em 2011 como “medíocre”, “amorfo” e “insípido”, algum devoto de Alkmin também deve ter censurado em respeito à Dilma.
“Constrangedora sucessão de fracassos” virou “sérios problemas em diversas áreas” e “nono ano do governo Lula”, afirmando que Dilma age como “fantoche”, também sumiram, talvez por obra de algum capacho do Aécio.
Depois dessa, definitivamente, o PSDB pode ser enquadrado como a única “oposição governista” da História. Um bando de bananas a serviço dos desmandos petralhas.
“Constrangedora sucessão de fracassos” virou “sérios problemas em diversas áreas” e “nono ano do governo Lula”, afirmando que Dilma age como “fantoche”, também sumiram, talvez por obra de algum capacho do Aécio.
Depois dessa, definitivamente, o PSDB pode ser enquadrado como a única “oposição governista” da História. Um bando de bananas a serviço dos desmandos petralhas.
*Texto por Ricardo Froes COMENTÁRIO: No comentário de 1 minuto para o site de VEJA, registrei nesta sexta-feira que, pelo teor do “balanço crítico sobre o primeiro ano do governo Dilma Rousseff, o PSDB vai acabar inventando a oposição a favor. Só depois de gravado o programa recebi, por e-mail, o seguinte recado do ex-governador Alberto Goldman:
“O texto publicado no site do PSDB, diferente do texto que eu havia produzido, seria discutido na Executiva do Partido. Porém ela não teve conhecimento do texto proposto, portanto não o discutiu, muito menos o aprovou. Não consegui, até agora, saber quem o modificou, nem quem o colocou no site do Partido como texto aprovado. Observação importante: o texto foi coordenado e produzido por mim ( com uma equipe, é claro ) a pedido do próprio presidente Sergio Guerra”.
As informações reafirmam a seriedade e a coerência de Goldman. E mostram do que são capazes os oposicionistas mais governistas da história, que aprovaram arbitrariamente o “balanço crítico” sem paternidade definida. “Esse documento mostra para a sociedade que o PSDB segue cumprindo seu papel de oposição responsável”, recitou Sergio Guerra. “Responsável”, na novíngua tucana, quer dizer capitulacionista. O monumento à tibieza não inclui o nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nem as expressões “mensalão”, “inflação”, “Lei de Responsabilidade Fiscal” ou “Plano Real”. Certas manifestações de covardia, decididamente, exigem muito mais coragem que atos de bravura em combate.
As omissões são tão espantosas quanto a última frase do palavrório: “Mais uma herança maldita”, informa o fecho do capítulo que trata amavelmente da Copa da Roubalheira. Releiam: “mais uma”. Como se a inventada por Lula não fosse apenas outro embuste do farsante que, beneficiário do magnífico legado de FHC, agora é beneficiado (e com ele Dilma Rousseff) pela rendição sem luta dos poltrões que controlam a Executiva do PSDB. (Augusto Nunes)
“O texto publicado no site do PSDB, diferente do texto que eu havia produzido, seria discutido na Executiva do Partido. Porém ela não teve conhecimento do texto proposto, portanto não o discutiu, muito menos o aprovou. Não consegui, até agora, saber quem o modificou, nem quem o colocou no site do Partido como texto aprovado. Observação importante: o texto foi coordenado e produzido por mim ( com uma equipe, é claro ) a pedido do próprio presidente Sergio Guerra”.
As informações reafirmam a seriedade e a coerência de Goldman. E mostram do que são capazes os oposicionistas mais governistas da história, que aprovaram arbitrariamente o “balanço crítico” sem paternidade definida. “Esse documento mostra para a sociedade que o PSDB segue cumprindo seu papel de oposição responsável”, recitou Sergio Guerra. “Responsável”, na novíngua tucana, quer dizer capitulacionista. O monumento à tibieza não inclui o nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nem as expressões “mensalão”, “inflação”, “Lei de Responsabilidade Fiscal” ou “Plano Real”. Certas manifestações de covardia, decididamente, exigem muito mais coragem que atos de bravura em combate.
As omissões são tão espantosas quanto a última frase do palavrório: “Mais uma herança maldita”, informa o fecho do capítulo que trata amavelmente da Copa da Roubalheira. Releiam: “mais uma”. Como se a inventada por Lula não fosse apenas outro embuste do farsante que, beneficiário do magnífico legado de FHC, agora é beneficiado (e com ele Dilma Rousseff) pela rendição sem luta dos poltrões que controlam a Executiva do PSDB. (Augusto Nunes)
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