Susana Freydoz, viúva do governador argentino do estado de Río Negro, Carlos Soria, admitiu ter assassinado o marido com um tiro no rosto no último domingo, segundo o presidente do Supremo Tribunal Federal da Argentina, Víctor Sodero Nievas. Em entrevista coletiva dada na noite de segunda-feira, Nievas contou que, logo após realizar o disparo, Susana teria dito a seguranças e familiares que “não queria matá-lo”. Tal declaração está sendo usada como a confissão do crime.
Nievas disse ainda que Susana estava em estado de choque emocional, mas que o disparo não foi um acidente. O caso deve ser encerrado nesta terça-feira, já que, além da confissão, outras provas apontam Susana como única suspeita do crime, como a pólvora encontrada nas mãos da viúva e o fato de o casal se encontrar sozinho no mesmo quarto no momento do disparo.
Segundo a imprensa local, a viúva ainda estaria sob “observação médica permanente”. O médico que analisou Susana depois do incidente ficou com medo de que a mulher se suicidasse e decidiu colocar uma assistente psiquiátrica tomar conta dela. Ela estaria fortemente medicada, disse o juiz responsável pelo caso, Juan Pablo Chirinos, nesta manhã.
Soria foi morto horas depois de comemorar a virada do ano com sua família em uma chácara no interior do país. A arma do crime foi achada em sua casa: um revólver calibre 38 que pertencia ao governador desde os tempos em que foi o chefe da inteligência da Argentina.
A causa do crime ainda não foi esclarecida, mas os jornais locais comentam rumores de que Susana teria descoberto um caso extraconjugal do marido.
A presidente Cristina Kirchner ficou sabendo da tragédia no domingo, quando descansava em El Calafate, na Patagônia. Segundo informações da imprensa local, a presidente ficou muito abalada e pediu ao senador Miguel Pichetto, chefe da bancada kirchnerista, que o governo dê todo o respaldo ao vice-governador, Alberto Weretilnek, que nesta segunda assumiu o comando do governo provincial. Da Agência O Globo
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