ITAPETINGA-BA: Azaléia pode sair a qualquer momento

O pior dos nossos pesadelos, segundo rumores que circulam nos meios políticos e gabinetes da capital do Estado, está para acontecer. A saída definitiva da fábrica de calçados Vulcabrás/Azaléia da nossa região. A informação, que vem circulando de ‘boca pequena’ nos meios palacianos em Salvador, dá conta de que a empresa já teria decidido se transferir para o Ceará e Índia, onde teria encontrado ‘terreno mais fértil’ que na Bahia. Aqui, a Vulcabrás trava uma guerra particular com o Governo do Estado, que vem perdendo sucessivas batalhas com outros estados nordestinos.

Há rumores, inclusive, que o prazo para retirada da Azaléia seria de 8 meses, o que teria deixado o governador Wagner imensamente irritado com a direção da fábrica e exigisse a devolução de toda a infra-estrutura disponibilizada pelo Governo do Estado, quando da implantação da indústria calçadista na região. Fala-se, inclusive, que uma indústria têxtil já estaria sendo sondada para substituir a Azaléia.

Circula também a informação de que um ex-secretário da indústria e comércio da Bahia, que hoje ocupa o mesmo cargo em um outro estado do Nordeste, seria um dos articuladores da operação, negociando incentivos fiscais com o governo do Ceará para facilitar a transferência definitiva da Azaléia para aquele Estado.

BALÃO DE ENSAIO

Segundo fontes ligadas à Azaléia, o fechamento das seis unidades em Iguaí, Ibicuí, Itatí, Potiraguá, Itarantim e Maiquinique, foi apenas um ‘balão de ensaio’ para medir a temperatura e a força do governo, para depois iniciar o processo de desmonte, que deve ser finalizado ainda este ano, em pleno período eleitoral. Agora, que a Azaléia já se ‘acertou’ com o governo, a operação desmonte deverá prosseguir, com a desativação gradual das fábricas em toda a região, inclusive da matriz em Itapetinga.

TREINAMENTO SIGILOSO

Outra informação importante que vem circulando nas últimas semanas diz respeito ao treinamento ‘sigiloso’ de cerca de 60 colaboradores da fábrica de Itapetinga, para atuarem como coordenadores na implantação das novas fábricas fora do Estado, prática que já foi utilizada no Rio Grande do Sul, quando da implantação da Azaléia em Itapetinga. Os gaúchos vieram, implantaram a fábrica, treinaram os baianos e agora estão sendo enxotados de volta.

APOCALIPSE NOW

A saída da Azaléia, se vier realmente a se concretizar, transformará Itapetinga em ‘terra arrasada’, sepultando de vez todos os anseios de desenvolvimento e prosperidade e mergulhando toda a região em um cenário apocalíptico, impossível de ser superado.

Como ninguém mais confia na força dos nossos governantes, rezemos e oremos juntos, para que tudo não passe de especulação. Mas é bom que fiquemos prevenidos. Por DAVI FERRAZ*http://www.sudoestehoje.com.br/novoportal/