Cerca de dois mil imóveis foram visitados no último final de semana, durante o mutirão contra a dengue realizado nos bairros Fonseca e Novo Fonseca, na zona norte da cidade. A campanha tem como tema. O combate não pode parar e se propõe a unir governo e comunidade na luta contra a dengue, num trabalho de caráter educativo.
O diretor do Departamento de Vigilância à Saúde de Itabuna, Florentino Souza Filho, explica que o mutirão mobilizou servidores das secretarias da Saúde, Educação, Administração, Assistência Social, Indústria, Comércio e Turismo, Esportes e Desenvolvimento Urbano, além de voluntários da Empresa Municipal de Água e Saneamento, Igreja Quadrangular, entidades diversas e lideranças comunitárias, sendo complementada com a distribuição de folhetos, recolhimento de lixo e ações emergenciais.
O Fonseca, com 1.350 imóveis visitados, é o segundo bairro com maior índice de infestação predial por focos do mosquito Aedes aegypti em Itabuna, tendo índice de 37,5%. No Novo Fonseca, com 747 unidades cadastradas, a incidência é de 22,5%, percentual que também aponta para um alto risco de surto epidêmico no verão.
Preocupação
Florentino salienta que a intenção do governo é assegurar que todos os reservatórios de água existentes na periferia de Itabuna sejam cobertos.Ele acrescenta que a Sesab repassou, na semana passada, mais 100 quilos de larvicida que, somados aos 40 quilos enviados no início do ano, serão suficientes para concluir o primeiro ciclo de combate à dengue (janeiro e fevereiro).
O supervisor geral da dengue, Antônio Cardoso, observa que uma das dificuldades enfrentadas durante os mutirões é o grande número de imóveis fechados, além da resistência de alguns moradores ao trabalho dos voluntários e agentes de endemias. Para completar este quadro, há nos dois bairros visitados um grande número de terrenos baldios, com focos do mosquito.
O que é dengue?
Dengue é uma doença infecciosa aguda e possui quatro sorotipos, transmitidos pela picada do mosquito Aedes aegypti. A doença ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos.
O quadro clínico é amplo, apresentando desde uma síndrome febril inespecífica até quadros graves como hemorragia, choque e às vezes óbito. É uma doença de notificação compulsória e sua forma grave é de notificação imediata. A dengue clássica se manifesta através de febre alta com duração de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dor no corpo e nas juntas, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas pelo corpo. Texto: Kleber Torres Foto:Waldyr Gomes
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