O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira (18) em discurso que o ditador líbio Muammar Gaddafi deverá enfrentar consequências militares caso não cumpra as solicitações determinadas pelo Conselho de Segurança da ONU.
Segundo Obama, o líder deve paralisar o avanço de suas tropas e permitir a entrada de água, energia e ajuda humanitária ao povo da Líbia – exigências “fora de negociação”.
- Agora, mais uma vez, Muammar Gaddafi tem uma escolha. A resolução que foi aprovada e estabelece condições muito claras que devem ser cumpridas. Um cessar-fogo deve ser executado imediatamente. Isso significa que todos os ataques contra civis devem parar. Esses termos não estão sujeitos à negociação.
Caso os pedidos não sejam cumpridos, o presidente dos EUA acrescentou que a comunidade internacional terá que operar uma “intervenção militar”, embora tenha garantido que seu país não enviará tropas terrestres para atacar a Líbia.
- E não vamos usar a força além de critérios específicos, para proteger os direitos dos civis.
“Gaddafi perdeu o respeito”, diz Obama
Em seu discurso da Casa Branda, Obama afirmou que o coronel Gaddafi perdeu o respeito de seu povo e deve deixar o poder.
- Muammar Gaddafi claramente perdeu a confiança de seu próprio povo e sua legitimidade para liderar.
Para Obama, o ditador "escolheu o caminho da repressão brutal", citando ataques a hospitais e outros locais, como parte de uma "campanha de intimidação e repressão".
O presidente dos EUA disse que a comunidade internacional tem todas as razões para acreditar que Gaddafi promoverá um genocídio em seu próprio país, depois de afirmar que não teria compaixão com os seus desertores.
Obama também fez questão de salientar em sua fala que os EUA não estão nesta luta sozinhos. Ele disse que conta com a cooperação da Liga Árabe e dos membros do Conselho de Segurança que aprovaram, nesta quinta-feira (17), a proposta de intervenção militar e imposição da zona de exclusão aérea, como Reino Unido e a França.
Ocidentais mobilizam-se para atacar pelo ar
Uma coalizão de nações ocidentais e o Qatar preparavam-se nesta sexta-feira para começar a atacar por ar as forças do coronel Muamar Gaddafi na Líbia, depois de a ONU ter dado luz verde para uma operação da qual a Otan (aliança militar do Ocidente) ainda não decidiu se participará.
O chefe da diplomacia francesa, Alain Juppé, afirmou que "tudo está pronto" para uma ação militar na Líbia, apesar de uma cúpula entre União Europeia, União Africana e Liga Árabe, prevista para este sábado (19) em Paris, que permitirá analisar o cessar-fogo recém-anunciado por Trípoli.
- Estamos prontos, mas a reunião de amanhã será a ocasião de analisar as declarações que acabam de ser feitas pelo regime de Gaddafi sobre o cessar-fogo, e tirar conclusões.
Ainda hoje, o ministro das Relações Exteriores Moussa Koussa declarou que a Líbia aceitava um cessar-fogo, embora a oposição tenha afirmado que tropas do governo continuam bombardeando cidades rebeldes.
Outros países membros da Otan - Canadá, Noruega, Dinamarca, Bélgica - anunciaram sua intenção de se unir à coalizão, aportando aviões de transporte, caça-bombardeiros F-16 e F-18, entre outros meios, para participar dos ataques ou apoiar uma operação humanitária.Informações Do R7
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