A abstenção do Brasil na votação do Conselho de Segurança da ONU que autorizou a zona de exclusão aérea na Líbia, e a posterior manifestação repudiando os ataques da coalizão internacional a alvos militares de Muamar Kadafi, não foram bem recebidas pelos opositores do ditador. Devido ao fanatismo por futebol, os líbios têm - ou tinham - apreço pelo Brasil. Agora lamentam essa posição do país. "O governo brasileiro apoia Kadafi", constata Najib Shekey, engenheiro eletricista de 30 anos. "Deve ser por causa de dinheiro. Talvez vocês tenham medo de que seus investimentos sejam prejudicados”, concluiu. Mohamed Sherif, de 50 anos, prefere acreditar haver diferençar entre o governo e o povo. "O governo brasileiro é mau, mas o povo é bom", disse, ao repórter do jornal Estado de S. Paulo que está na Líbia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário