Bolsonaro fala em ‘consequências’ para o agronegócio após queimadas

O presidente ainda relembrou a crise da falta de fertilizantes durante seu governo e afirmou que recuperar terras danificadas vai “custar caro”

Foto: Reprodução/Instagram @jairmessiasbolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cujo governo ficou marcado pelo avanço do desmatamento na Amazônia e pelo afrouxamento na fiscalização de crimes ambientais, compartilhou um vídeo no qual aponta prováveis prejuízos no agronegócio brasileiro em decorrência das queimadas registradas nos últimos meses.

“Com esse fogo que deu no Brasil, vai ter consequências. Morreu muito gado”, disse ele, em trecho de uma entrevista que compartilhou em suas redes sociais nesta segunda-feira (11).

No corte, Bolsonaro não cita diretamente o governo Lula.

“Mais do que isso também, as terras que foram queimadas. Você tem que recuperá-las, e não é de uma hora para outra. E isso que você usa para recuperar a terra custa caro”, completou o político.

Ao defender a atuação do seu governo no setor, Bolsonaro comparou o atual cenário ao momento vivido pelo agronegócio durante a pandemia, quando houve escassez de fertilizantes para importação no mercado internacional. “Eu lembro lá atrás, nessa explosão de preço, apareceu um fantasma para o agronegócio, a falta de fertilizantes. Quem fornecia? A Rússia, que mais interessava à gente pelo volume.”, explicou ele.

O ex-presidente ainda relembrou sua viagem ao país europeu em 2022 para discutir justamente o tema com o presidente Vladimir Putin e a preocupação de seu governo à época com as repercussões da viagem.

“Fui lá, [havia] uma briga entre alguns ministros que estavam preocupados de eu ir para lá porque estava na iminência de eclodir a guerra. ‘Não podemos participar disso’, se não participar disso, vai ter fome no Brasil. A produtividade do campo vai lá para baixo”, afirmou Bolsonaro.

“Fomos, negociamos com o Putin, três horas de conversa com ele e um mês e pouco depois chegaram 27 navios de fertilizantes aqui, resolvemos o problema”, disse o ex-presidente.