Maior empresa de processamento de alimentos da China, a Cofco International anunciou que vai rastrear toda a produção de soja oriunda do Brasil. Segundo a empresa, a medida terá fim em 2023 — depois do fim do mandato do presidente Jair Bolsonaro. A fiscalização visa reduzir os danos ambientais realizados no Cerrado, principal polo de colheita de soja do país.
A informação foi publicada no relatório anual de sustentabilidade da Cofco. Segundo a estatal, as fazendas serão verificadas por terceiros, para desacelerar o desmatamento que devastou algumas partes do Brasil. “Tornamos público nosso compromisso de rastreabilidade porque estamos preparados e queremos ser responsabilizados por ele”, afirmou Wei Peng, chefe global de sustentabilidade da Cofco.
A empresa promete mapear a origem de mais da metade de suas compras de soja no Brasil ainda neste ano. A Cofco estima que a apuração seja realizada em algo entre 6,7 milhões e 7 milhões de toneladas de soja no país das safras de 2020 e 2021. De acordo com a Veja, a preocupação não é por acaso. Como aponta o blog Impacto, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no mês de junho foram registrados 2.248 focos de calor na Amazônia.