Apenas 6% das cidades do Brasil têm leitos de UTI e aproximadamente 100 milhões de pessoas vivem em locais sem esse tipo de atendimento.
Foto: Paula Fróes/GOVBA
Com o avanço do novo coronavírus no interior do Brasil, os infectados têm chegado aos grandes centros urbanos com prognósticos bastante negativos de recuperação. Segundo reportagem da Folha, ao contrário de quando a epidemia se concentrava nas capitais, os doentes vindos de cidades menores tendem a receber tratamento inicial mais precário e demoram para entrar em atendimento intensivo, quando necessário, o que leva a um maior número de óbitos.
“Cada vez mais os infectados do interior chegam em estado crítico aos hospitais com UTI. Sem acesso direto a leitos, eles têm de enfrentar horas de viagem até a internação”, disse Suzana Lobo, presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) e diretora do Hospital de Base de São José do Rio Preto, no interior paulista.
Embora as 27 capitais brasileiras agrupem 24% da população, elas têm quase a metade dos leitos de UTIs para adultos no país. Por outro lado, as unidades disponíveis no interior estão concentradas em cerca de 300 municípios que têm mais de 100 mil habitantes.
Desta forma, apenas 6% das cidades do Brasil têm leitos de UTI e aproximadamente 100 milhões de pessoas vivem em locais sem esse tipo de atendimento. O risco é maior para 32 milhões de brasileiros que moram em 3.670 municípios com até 20 mil habitantes.
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