por Anaïs Fernandes | Folhapress**Foto: Reprodução / EBC
O dólar se aproximou de R$ 4,15 nesta terça-feira (28), com o noticiário eleitoral mais aquecido e um cenário externo menos favorável a emergentes. O dólar comercial avançou 1,44% e fechou a R$ 4,141. A moeda chegou a abrir em baixa, atingiu R$ 4,065, mas na máxima foi a R$ 4,148.
Essa foi a terceira maior cotação diária desde o Plano Real —em setembro de 2015, fechou a R$ 4,145 e em janeiro de 2016 foi a R$ 4,166. O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas no Brasil, recuou 0,59%, para 77.473 pontos. Na segunda-feira (27), o anúncio de um acordo entre Estados Unidos e México trouxe certo alívio ao mercado global, e o dólar perdeu força pelo mundo, inclusive ante o real.
Alguns analistas começam a apontar, no entanto, que os termos negociados ainda são preliminares e questionáveis. Em relatório, o banco Goldman Sachs diz não ver efeito macroeconômico substancial nos Estados Unidos caso os termos revisados sejam implementados. Um dos pontos destacados é que, na opinião de Alec Phillips, que assina o relatório, o acordo é mais restritivo do que o esperado em relação ao setor automotivo, atendendo mais aos interesses americanos do que aos mexicanos.
A corretora Spinelli ressalta ainda dados divulgados nesta segunda apontando melhora da confiança do consumidor nos EUA, "que atingiu a máxima da série desde 2003 pelo menos e sugere uma política monetária mais apertada pelo Fed", diz, em referência à política monetária do banco central americano.